Dados do Trabalho

Título

APLICABILIDADE DE ESCALA VISUAL DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR (STUI) EM COMPARAÇÃO COM O IPSS EM POPULAÇÃO NO INTERIOR DO CEARÁ

Resumo

Os sintomas do trato urinário inferior (STUI), relacionados a HPB, comum em homens mais velhos, são divididos em sintomas de armazenamento e esvaziamento,impactando negativamente a qualidade de vida. O IPSS, desenvolvido pela American Urological Association (AUA) em 1992 e adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), avalia sintomas urinários e sua gravidade, sendo útil para categorizar sintomas e acompanhar o tratamento. O VPSS, criado por Van Der Walt e colaboradores em 2011, utiliza imagens para facilitar a compreensão dos sintomas urinários por homens idosos e analfabetos, avaliando quatro aspectos do IPSS de forma visual.
Métodos: A pesquisa foi realizada como um estudo observacional transversal,com homens acima de 50 anos com STUI. Foram utilizados dois questionários: o IPSS, com 7 perguntas e escala de 0 a 5, e o VPSS, com 4 perguntas baseadas em imagens e escala de 1 a 6. Os participantes completaram ambos os questionários sob supervisão, e foram coletadas informações demográficas e clínicas básicas Resultados: o estudo incluiu 36 homens com idade média de 66 anos , sendo a distribuição dos níveis de escolaridade dos participantes foi: 7 (19%) com ensino médio completo, 16 (44%) com ensino fundamental completo,11(31%)analfabetos.
A avaliação dos sintomas do trato urinário inferior (STUI) foi realizada usando dois métodos: IPSS e VPSS, havendo correspondência nos resultados entre os dois questionários para 24 dos 36 participantes (67%). Em relação ao tratamento dos sintomas do trato urinário inferior, 14 participantes (39%) estavam em tratamento.Conclusao: A comparação das classificações dos sintomas entre os dois métodos mostrou uma alta concordância, com 67% dos pacientes obtendo a mesma classificação de sintomas em ambos os questionários. O VPSS classificou um maior número de pacientes com sintomas leves (28% contra 17% no IPSS), o que pode indicar uma melhor compreensão e precisão na autopercepção dos sintomas quando avaliados através de representações visuais. Este achado é particularmente relevante para os participantes com menor nível de escolaridade: 44% com apenas o ensino fundamental completo e 31% analfabetos, que podem enfrentar dificuldades com questionários textuais mais complexos como o IPSS.A maioria dos participantes (61%) não estava em tratamento para o STUI, destacando a necessidade de uma avaliação mais acessível e precisa para garantir que os indivíduos recebam a devida atenção e tratamento.

Palavras Chave

Hiperplasia Prostática; baixa escolaridade; escala visual