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Dados do Trabalho


Título

PROSTATECTOMIA RADICAL ABERTA VERSUS VIDEOLAPAROSCÓPICA: ASPECTOS COMPARATIVOS INTRA-OPERATÓRIOS E PÓS-OPERATÓRIOS IMEDIATOS EM UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO

Resumo

O Câncer de Próstata (CaP) é o tumor sólido de maior prevalência entre os homens e é o segundo tipo de câncer mais frequente em homens, no Brasil. A mortalidade pelo CaP é estimada em 15,25/100 mil homens e o risco de diagnóstico desta patologia foi estimado em 62,95/100 mil homens. O diagnóstico do CaP é baseado nos testes diagnósticos: ERD, PSA, RM e Biópsia. O tratamento propostos varia conforme a classificação de Gleason e o resultado da biópsia, indicado inicialmente a prostatectomia radical (PTR) para o tratamento do CaP. Atualmente, contemos com técnicas avançadas no combate ao CaP, esse estudo se propõem a comparar a técnica de PTR aberta versus videolaparoscópica em um hospital quaternário na região leste do município de São Paulo.
Foi realizado estudo transversal retrospectivo, onde foram coletados dados de 87 pacientes com CaP que foram submetidos a PTR, aberta(n=44) e videolaparoscópica (n=43), entre março de 2022 e maio de 2023. Os dados utilizados na comparação intra-operatória e no pós-operatório imediato: PSA inicial, Gleason Score inicial, Volume da próstata, tempo cirúrgico, linfadenectomia, sangramento, transfusão sanguínea, necessidade de UTI, complicações na internação, tempo de internação, KDIGO e óbito. Foi aplicado o teste Qui-quadrado de independência e o teste U de Mann-Whitney. Os resultados demonstram que o tempo cirúrgico foi menor na técnica aberta com uma mediana de 180min e média de 202min, já na técnica VLP obteve mediana de 180min e média de 227min, (p=0,0140). A linfadenectomia foi realizada na cirurgia aberta (36/44), na VLP linfadenectomia (18/43), (p=0,0002). O volume de sangramento na técnica aberta, obteve mediana de 575ml e média de 611ml, e na técnica VLP mediana de 200ml e média de 256ml, com diferença estatística, (p<0,0001). Ocorreu transfusão sanguínea em 27% (12/44) das cirurgias abertas, na cirurgia VLP ocorreu em 7% (3/43) (p=0,0296). Necessidade de UTI, complicações no POI, tempo de internação e óbito P>0,005. Esse estudo demonstrou que os pacientes do serviço quaternário se beneficiam da técnica VLP durante o intra-operatório com menor volume de sangramento e necessidade de transfusão sanguínea. O tempo operatório maior nas cirurgias VLP se justificam pela curva de aprendizado. Os dados serão expostos em tabelas. Este levantamento mostra que em nosso serviço, a cirurgia VLP teve menor sangramento intra-operatório e menor necessidade de transfusão, com leve tendência a menor necessidade de UTI e menor tempo de internação. Porém, não devemos esquecer que a cirurgia aberta ainda é uma ótima opção e com o evoluir da curva de aprendizado do urologista, a taxa de transfusão e sangramento diminuem.

Palavras Chave

Câncer de Próstata; Prostatectomia; Cirurgia Videolaposcópica

Área

Geral

Categoria

Coortes retrospectivas ou prospectivas

Autores

Pablo Luis Silva, Gustavo Belloti Nascimento, João Pedro Soares Nunes, Marcos Vinícius Bertol, Lucas Costa Santana, Antônio José Fonseca Rocha Junior, André Henrique Teruaki Kato, Wilton Adriano Silva Neto, Thyago Viera Soares Nóbrega, Marcos Francisco Dall'Oglio