CPU 2024

Dados do Trabalho


Título

Avanços no acompanhamento de pacientes portadores de câncer de próstata em recidiva bioquímica: resultados da utilização do PET/PSMA em um serviço público de saúde do Brasil.

Resumo

INTRODUÇÃO: A tomografia por emissão de pósitrons com antígeno de membrana específico da próstata (PET PSMA) pode detectar pequenas lesões metastáticas de câncer de próstata que podem não ser visíveis em exames convencionais em pacientes com recidiva bioquímica.
OBJETIVO: avaliar os resultados do uso do PSMA PET em um hospital público do Brasil em pacientes com câncer de próstata que apresentaram recidiva bioquímica .
MÉTODOS: Foram selecionados 50 pacientes com câncer de próstata submetidos ao PET-PSMA na recidiva do câncer de próstata. Elas foram divididas em doenças de alto e baixo volume de acordo com o estudo CHAARTED. Os dados foram analisados ​​com o software GraphPAd Prism v. 8,0, excluindo pacientes com diferenciação neuroendócrina na análise anatomopatológica e pacientes que não apresentavam dados de PSA inicial ou recidiva bioquímica
RESULTADOS: Na randomização dos casos (p<0,05), houve maior incidência de casos alocados como doença de baixo volume (>48%), com alto volume 20% e não metastático 30%. Em relação à biópsia Gleason (p = 0,01), Gleason 6 (3+3) houve predomínio da graduação não metastática (55,56%); Gleason 7: (3+4) e (4+3) baixo volume (66,6% e 57,14%, respectivamente); Gleason 8 (4+4) apresentou casos distribuídos entre não metastáticos e de baixo volume; Gleason 9: (4+5) e (5+4), houve predomínio de volume elevado (44,4% e 100%, respectivamente). Assim, maiores escores de Gleason para biópsia estão relacionados a um grande volume de doença detectada pelo PET-PSMA. Além disso, o escore anatomopatológico de Gleason e os resultados do PET-PSMA não apresentaram diferença significativa na comparação (p > 0,1). Não houve relevância estatística entre o resultado positivo da cintilografia (p>0,8) e da ressonância magnética (p>0,3), em relação à classificação dos volumes pelo PET-PSMA. Porém, ao comparar o volume baixo e alto pela regressão de Cox, houve significância em relação à cintilografia positiva (p<0,001; Hazard ratio: 1,140; IC: 95%), demonstrando que os resultados positivos da cintilografia estão relacionados a classificacão do CHAARTED e a um maior risco de recidiva bioquímica. Os mesmos resultados não foram significativos (p>0,3) na comparação dos dados da ressonância magnética. Os dados comparativos entre PSA inicial e recidiva bioquímica ao volume da doença metastática pelo PET-PSMA mostraram diferença significativa. Os valores iniciais de PSA dos pacientes classificados como de alto volume pelo PET-PSMA foram maiores em comparação com a classificação não metastática e de baixo volume. Em relação ao PSA na recidiva bioquímica, foram apresentados valores significativos pelo volume baixo e alto em relação aos não metastáticos.
CONCLUSÃO: O PET PSMA revelou correlação entre Gleason, volume tumoral e risco de recidiva bioquímica.

Palavras Chave

PET-PSMA; recidiva

Área

Geral

Categoria

Coortes retrospectivas ou prospectivas

Autores

Ricardo Henrique De Rizzo, José Carlos Mesquita, Thiago Da Silveira Antoniassi, Guilherme Cerqueira Gonzales, Caiã Cabral Fraga Carvalho, André Luiz Coelho Pereira, Leonardo de Rizzo, Vinícius Pereira Perassol, Henrique Rabelo Cortines