Dados do Trabalho
Título
Tratamento Inadequado de Urticária Aguda com Adrenalina em Ausência de Anafilaxia
Resumo
Introdução: Em episódios de urticária aguda, a literatura considera inadequado o uso da adrenalina quando a anafilaxia é excluída. A adrenalina é um tratamento de primeira linha para anafilaxia devido à sua capacidade de atuar como vasoconstritor e broncodilatador, entre outros benefícios, reduzindo rapidamente a resposta anafilática . No entanto, em casos de urticária aguda isolada, seu uso pode ser ineficaz e desnecessário, conforme recomendado pelas diretrizes mais recentes.
Relato de Caso: Paciente feminina, 22 anos, previamente hígida e sem histórico de alergias ou uso de medicamentos, começou a apresentar lesões pruriginosas, elevadas e não confluentes, generalizadas, compatíveis com urticárias e sem outros sintomas associados. Procurou assistência médica onde recebeu adrenalina intramuscular e foi orientada a usar Fexofenadina 1x ao dia por 7 dias. Em consulta especializada, a paciente relatou persistência das lesões, o que causou ansiedade, pois o tratamento com adrenalina tinha sido ineficaz, e ainda continuava sem resposta adequada.
Discussão: A urticária aguda não justifica o uso de adrenalina a não ser que tenha sinais de anafilaxia. A adrenalina, um vasoconstritor e broncodilatador entre outros efeitos desejáveis, alivia rapidamente os sintomas graves anafiláticos. Porém, na urticária aguda, a abordagem correta associa o uso de anti-histamínicos, como Fexofenadina, e a observação clínica contínua. Assim, o uso de adrenalina em casos apenas de urticárias, conforme a paciente foi medicada, é um erro comum, pois não aborda a causa subjacente e leva a um tratamento inadequado, causando ansiedade ao paciente devido à ineficácia do uso dessa medicação.
Área
Urticária e angioedema
Autores
Celso Taques Saldanha, Juliana Vieira Torreão Braz, Pedro Figueiredo Morgado, Isabella Soares De Freitas, Luis Pedro Cerqueira Morejon, Rafael Pimentel Saldanha