Dados do Trabalho

Título

IMUNOTERAPIA SUBCUTANEA EM CRIANÇA COM SÍNDROME LÁTEX-PÓLEN-FRUTA: RELATO DE CASO

Resumo

INTRODUÇÃO: A síndrome látex-pólen-fruta é provocada por um pan-alérgeno, geralmente uma profilina. Manifesta-se com sintomas de rinoconjuntivite, urticária, ou reações graves, como a anafilaxia. No Brasil é incomum. RELATO DO CASO: Menino, 4 anos, com diagnóstico de asma alérgica, rinoconjuntivite alérgica e dermatite atópica leve. Com 1 ano e 1 mês evoluiu com urticária e angioedema em face, vômitos e diarreia imediatamente após a ingestão de banana. Foi realizado TCA com banana 3x3mm. Com 1 ano e 9 meses evoluiu com urticária perioral após contato com bexiga de borracha. A dosagem de IgE específica por ImmunoCAP para Hev b 8=3,07 Ku/L (profilina do látex). Com 1 ano e 10 meses, ele apresentou urticária perioral e nos locais de contato com as diversas frutas que era exposto (manga, morango, laranja, kiwi, maçã e melancia). Realizamos o TCA com as frutas semanalmente e todos os resultados foram positivos, e a dosagem de IgE específica por ImmunoCAP para Pru p 4 (profilina do pêssego)=1,76 kU/L. Aos 2 anos, realizamos o TCA para Lolium perene 4x4mm, e dosado IgE específica por ImmunoCAP para nPhl p12 (profilina do pólen)= 2,08 kU/L, caracterizando a síndrome látex-pólen-fruta. Foi iniciado a imunoterapia subcutânea (ITSC) com lolium, cynodon dactylon e paspalum notatum em Novembro de 2022. Desde então ocorreram dois episódios de anafilaxia após a aplicação da imunoterapia, durante o período de observação, sendo um deles na fase de indução em Dezembro de 2022 e outro após um ano na dose de manutenção em Maio de 2024. Atualmente foi observada tolerância à ingestão de maçã. DISCUSSÃO: Existem poucos relatos sobre a síndrome e seu tratamento, sendo a ITSC uma possibilidade de indução de tolerância, naqueles pacientes com manifestações graves.