Dados do Trabalho

Título

Diferentes padrões imunológicos de pacientes com síndrome de Down com e sem infecções recorrentes

Resumo

INTRODUÇÃOA trissomia do cromossomo 21, é uma das mais frequentes anormalidades cromossômicas autossômicas e possuem alterações fenotípicas típicas reconhecidas. A incidência é de 1 a cada 600 nascidos vivos.A principal causa de mortalidade desses pacientes são infecções do trato respiratório por Streptococcus pneumoniae.Sistema imunitário desorganizado, alterações no número de células do sistema imune, incluindo células T e B, monócitos e neutrófilos e menor resposta vacinal foram descritas anteriormente em pacientes com Síndrome de Down(SD).OBJETIVO: Avaliar perfil de resposta imune de crianças com Síndrome de Down com e sem infecção recorrente, tentando reconhecer possíveis alterações imunológicas associadas à infecções. MÉTODO:Estudo observacional transversal, retrospectivo por revisão de prontuário, de um ambulatório específico de Síndrome de Down de um hospital universitário no período de 2016 a 2019. Foi realizado avaliação 49 pacientes, com idades de 2 e 20 anos, com predomínio do sexo masculino. Os pacientes foram separados em dois grupos: com e sem infecção recorrente de acordo com os 10 sinais de alerta da Fundação Jeffrey Model. Foi realizado laboratorial para dosagem de subpopulações de linfócitos, dosagem de imunoglobulinas, além de resposta aos anticorpos contra vacina pneumococo polissacarídea pré e 6 semanas pós vacinal.RESULTADOS: Foi encontrado números de imunoglobulinas A,G e M, normais, embora os indivíduos com infecções recorrentes tinham níveis mais baixos de IgA.Apresentaram contagem de linfócitos CD3, CD4, CD8 e CD 19 dentro dos intervalos de normalidades, sem diferenças estatísticas. Embora os dados globais tenham indicado soroconversão foi percebido uma notável diminuição de soroconversão em pacientes com SD com infecções recorrentes em comparação sem essa apresentação.CONCLUSÃO:A deficiência de anticorpos antipolissicarídeos em pacientes com trissomia do 21 parece ter ser uma importante comorbidade nesses pacientes e deve ser investigada.