Dados do Trabalho


Título

Comparação entre o Clearance Esofágico de Duas Preparações de Budesonida Viscosa Oral (BVO) Utilizando Cintilografias Esofágicas Realizadas em Pacientes Pediátricos com Esofagite Eosinofílica (EoE) Ativa.

Resumo

A BVO é uma opção terapêutica para a EoE. Maior tempo para o cleareance esofágico da BVO foi correlacionado a maior chance de controle da doença na população adulta, não existem estudos semelhantes na população pediátrica.
Hipótese: Não há diferença estatística entre o clearence esofágico de duas preparações de BVO em pacientes pediátricos com EoE ativa.
Objetivo: Descrever e comparar o clearence esofágico de duas preparações distintas de BVO em pacientes pediátricos com EoE ativa.
Método: Estudo longitudinal que incluiu pacientes pediátricos com EoE ativa submetidos a duas cintilografias esofágicas com intervalo de 1-2 semanas deglutindo duas preparações (P1 e P2) de BVO. As preparações foram: P1 - budesonida solução para nebulização 500mg (2ml) e 1,8 gramas sucralose em pó; P2 - budesonida em pó 400mcg e 3 ml de xarope de glucose, ambas com o volume aproximado de 4 ml e marcadas com radiofármaco 99mTc-Fitato (atividade de 0,5 mCi e volume de 0,3 ml).
Foram analisados os seguintes indicadores: tempo de esvaziamento esofágico (TEE), intervalo de tempo entre a chegada de 50% do valor máximo de atividade de radiofármaco captada (VM) ao esôfago proximal e saída de 90% do VM do esôfago distal, em segundos; % de esvaziamento do esôfago após 10s do VM e % de retenção do VM após 10min.
Resultados: Foram incluídos 13 pacientes (mediana de idade: 11 anos; 6M:7F), com duas perdas. Medianas encontradas: TEE - 7s (P1) e 12s (P2); esvaziamento após 10s VM - 83% (P1) e 79% (P2); % retenção após 10min VM - 0,6% (P1) e 0,7% (P2). Não foi encontrada diferença estatística significativa entre nenhuma das medianas dos indicadores analisados (p>0,05).
Conclusão: O clearence esofágico foi comparável entre as preparações com passagem rápida da BVO pelo esôfago e pequena porcentagem de retenção do VM. Ainda que mais estudos sejam necessários, é importante considerar que o sucesso terapêutico da BVO pode não estar relacionado ao tempo de sua permanência no esôfago.

Área

Alergia Alimentar

Autores

Pamela FERNANDA ALVES BARBOSA, Antonio Carlos Pastorino, Mayra de Barros Dorna, Beni PAMELA Morgenstern, Ana Paula Beltran Moschione Castro