Dados do Trabalho

Título

Imunizações aplicadas contra o vírus Influenza no estado da Bahia durante os de 2019 a 2022: um estudo transversal

Resumo

INTRODUÇÃO
O Influenza é um vírus RNA de fita simples altamente mutável que existe na sociedade desde o século XVIII, sendo responsável por seis epidemias. Este agente pode ser transmitido por aerossóis e/ou contato com superfícies contaminadas, provocando desde infecções assintomáticas até quadros mais graves que demandam hospitalização. Atualmente, no Brasil, está disponível a vacinação tanto na rede pública (trivalente) como na privada (tetravalente), necessitando do reforço anual. Porém, a cobertura vacinal tem decrescido de forma considerável nos últimos anos. Desse modo, objetivou-se analisar a adesão populacional à vacina em todas as faixas etárias.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo e epidemiológico, utilizando dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A amostra incluiu indivíduos com menos de 1 até 79 anos vacinados no estado da Bahia entre os anos de 2019 e 2022.
RESULTADOS
Durante os anos de 2019 a 2022 foram aplicadas 23.666.231 doses contra o vírus Influenza. Porém, a cobertura vacinal diminuiu 28,99% em todas as faixas etárias quando comparado ano por ano. Tal redução é mais expressiva em maiores de 65 anos (50,5%), faixa etária com maior incidência de casos, número de óbitos e tempo de internação por consequências do vírus. Em contrapartida, houve o aumento exponencial de doses aplicadas em menores de 1 a 14 anos (10%), intervalo de idades que possui menores índices de complicações (1:483 mil casos).
CONCLUSÕES
Evidencia-se a correlação entre a cobertura vacinal e o prognóstico dos indivíduos, visto que aqueles com maiores riscos de complicações são os mesmos que não aderem ao esquema de vacinação completo. Logo, a importância do incentivo às doses de reforço anual deve ser promovida por políticas públicas. Dessa maneira, cada faixa etária conseguirá a devida imunização, reduzindo a carga da doença, além de diminuir o risco de hospitalizações, sobrecarga do serviço de saúde e possíveis epidemias sazonais.