Dados do Trabalho

Título

Síndrome de Stevens-Johnson: Uma Revisão Epidemiológica Global.

Resumo

Introdução: A Síndrome de Stevens-Johnson é uma rara e grave condição dermatológica que resulta de reações de hipersensibilidade, na maioria das vezes, medicamentosas. Ela se manifesta com lesões ulcerativas em mucosas, necrólise e descamação epidérmicas generalizadas. Nesse sentido, é importante avaliar sua epidemiologia devido à gravidade e à gama de compostos químicos e infecciosos que podem desencadeá-la. Métodos: Para o estudo foram realizadas pesquisas na plataforma PubMed, utilizando os descritores [Stevens-Johnson syndrome" AND "epidemiology", "Stevens-Johnson syndrome" AND "incidence", "Stevens-Johnson syndrome" AND "prevalence", "Stevens-Johnson syndrome" AND "risk factors" AND "drugs"]. Foram aplicados filtros para artigos publicados entre 2019 e 2024. A busca inicial resultou em 269 artigos. Ao final, foram escolhidos 7 artigos, os quais embasaram o estudo. Resultados: A partir das pesquisas realizadas, constatou-se que, com o aumento da idade ≥ 65 anos, o envolvimento de mais de 10% da área de superfície corporal, a presença de infecção bacteriana e de comorbidades, há aumento das chances de mortalidade dos afetados. Há possivelmente questões étnicas envolvidas, pois brancos e hispânicos possuem menor mortalidade. Ademais, o uso de antibióticos, anticonvulsivantes e fenitoína foram os medicamentos que mais implicam em danos, como lesões oftalmológicas e perdas auditivas. Conclusão: Conclui-se que o desenvolvimento dessa síndrome é mais grave em indivíduos que possuem idade avançada e comorbidades, além de aparentemente ser desencadeada por meio de reações medicamentosas. Dessa forma, é imprescindível que a abordagem e o tratamento sejam adequados aos pacientes que apresentam maior risco de desenvolver a síndrome. Destaca-se também a necessidade do desenvolvimento de políticas que previnam e auxiliem a redução do impacto global desta condição.