Dados do Trabalho
Título
Eficácia e segurança da rapamicina em crianças com APDS
Resumo
JUSTIFICATIVA: As mutações nos genes do fosfinoinosite triquinase (PI3K) PIK3CD e PIK3R1 causam uma síndrome de imunodeficiência combinada, referida como síndrome activada PI3Kδ (APDS). Aqui, o nosso objetivo é avaliar o uso de rapamicina em pacientes com APDS.
MÉTODOS: Avaliação prospectiva de cinco pacientes que utilizam a rapamicina em 12 meses.
RESULTADOS: Cinco pacientes com APDS com idades compreendidas entre os 5 e 37 anos foram acompanhados. Quatro dos pacientes são crianças, dois com enteropatia e um com eritema nodoso. O adulto tem perda de proteínas nas fezes e nefropatia. Três com p.E1021K, um com p.E1010A. A dose proposta era de 1mg/mm2/dia para as crianças e 4mg diários para os adultos. Todos já estavam utilizando imunoglobulina. Após 12 meses de rapamicina, as crianças melhoraram completamente em relação às condições concomitantes. O paciente adulto ainda tem perda persistente de proteínas, mas com aumento de peso e melhoria da qualidade de vida. Não se registaram eventos adversos relacionados com a rapamicina.
CONCLUSÕES: A utilização de inibidores mTOR pode ser uma terapia adicional para a gestão da APDS. A utilização de armadilhas alvo é assertiva e pode dar um valioso contributo para o controlo dos sintomas. Na nossa experiência, o uso de rapamicina foi seguro e eficaz nos nossos pacientes, inclusive em crianças.
Área
» Imunodeficiências
Autores
CAROLINNE PAIOLI TROLI, Raquel Leticia Tavares Alves, Lais Borges Araújo Oliveira, Lara Barbosa Silva, Katherine Maciel Costa Silvestre, Amanda Silva Oliveira Sobrinho, Amanda Oliveira Araujo Lima, Luiza Salvador Schmid, Carolina Sanchez Aranda, Dirceu Solé