Dados do Trabalho

Título

Sensibilização mediada por IgE e a importância do Teste de Provocação Oral

Resumos

Justificativa: As leguminosas são uma rica fonte de nutrientes e podem desencadear reações mediadas por IgE. Entretanto, apenas alguns casos de alergia ao feijão foram descritos. Apenas a sensibilização a IgE não determina a indicação de dieta de exclusão ao alimento. O objetivo é relatar um caso de sensibilização a feijão com teste de provocação oral (TPO) negativo.
Relato do caso: Paciente 10 anos, com história que durante a introdução alimentar, apresentou vômitos após comer feijão. Negou outros sintomas graves e IgE mediados. O alimento foi suspenso da dieta e foram dosadas as IgE específicas para feijão (F15) em 2020, 1,19 KU/L; em 2021, 1,29 KU/L e em 2022, 1,44 KU/L. Em 2021 e 2022 realizados prick to prick, positivos para feijão preto, marrom e branco. Relato de consumo de outras leguminosas sem reação. Sem ingestão acidental de feijão. A despeito do resultado do prick test e sem história clínica de alergia IgE mediada, foi sugerido teste de provocação oral (TPO). Em 15/06/22 foi realizado TPO com mix de feijão preto, branco e marrom. Inicialmente 6g (10%), seguidos de 24g (40%) e 30g (60%). Não houve reação. Liberado ingestão do feijão com consumo regular sem intercorrências.
Discussão: Crescente problema de saúde o desenvolvimento da alergia alimentar é multifatorial. O diagnóstico preciso é essencial para o manejo correto da alergia alimentar. O TPO é padrão ouro a fim de evitar dietas de exclusão desnecessárias. Após confirmação diagnóstica, há preocupação em garantir a exclusão do alimento, assegurando oferta nutricional adequada para desenvolvimento apropriado e uma melhor qualidade de vida. Ou como neste caso, o feijão, alimento tão importante na dieta do brasileiro, foi reintroduzido, sem intercorrências.