XLIX Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia

Dados do Trabalho


Título

ESOFAGITE EOSINOFÍLICA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE REFERÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO INFANTIL EM FORTALEZA-CEARÁ

Resumo

Esse estudo foi proposto com o objetivo de traçar perfil clínico-epidemiológico de pacientes portadores de esofagite eosinofílica (EoE) em acompanhamento ambulatorial de um hospital terciário do Estado do Ceará. Após a aprovação no comitê de ética os dados foram coletados através de consulta direta ao prontuário seguidos de análise estatística. A amostra foi composta de 139 pacientes com diagnóstico de esofagite eosinofílica, e faixa etária entre 0 e 18 anos. A idade média, do início dos sintomas foi de 5,84 anos e a idade de admissão no ambulatório de 7,07 anos. Tivemos predominância do sexo masculino (76,3%). Maioria (65,5%) era proveniente da capital do estado. O peso em média foi de 24,34kg com DP 9,5 , e a altura em média de 121cm com DP 0,18. A dor abdominal (67%) e vômitos/regurgitação (69%) foram os sintomas mais prevalentes. Quanto as características peri e pós-natais, apesar da falta de informação em cerca de 50% dos casos, 25,2% fizeram uso de fórmula na maternidade. E 80,6% foram amamentadas. História familiar positiva para atopia foi evidenciada em 34,5%. Outras doenças de cunho atópico, estavam presentes: história de alergia a proteína do leite (64,5%), rinite alérgica (67,6%), asma (33%), dermatite atópica (26,6%) e outras alergia alimentar ( 67%). Por fim, a grande maioria, já estavam com tratamento instituído, onde, 70,5% estavam em restrição dietética; e 36,7% em uso de fórmula de aminoácidos; 47,5% utilizando inibidores da bomba de prótons; corticoide deglutido foi feita em 12,2%. O uso de antileucotrieno foi encontrado em 2,2% (3/139) e a dilatação endoscópica em 0,8% (1/139). No Brasil são poucos os estudos epidemiológicos que permitem conhecer a incidência e a prevalência da EoE. Faz-se importante estudar a prevalência na população pediátrica do estado do Ceará, para que o pediatra geral saiba conduzir corretamente esse paciente, a fim de realizar o diagnóstico, instituir a conduta inicial e encaminha corretamente ao especialista.

Área

» Outros

Autores

Déborah Batista Sant'Anna, Maylla Moura Araújo, Rayani Oliveira Maciel Lima, Samia moura Araújo, Sarah Baltasar Ribeiro Nogueira , Janaira Fernandes Severo Ferreira, Hildênia Baltasar Ribeiro Nogueira