Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DE SENSIBILIZAÇÃO A ALÉRGENOS DE CONTATO NÃO PRESENTES NA BATERIA PADRÃO BRASILEIRA

Resumo

Justificativa: A bateria padrão brasileira foi desenvolvida no ano 2000 pelo Grupo Brasileiro de Dermatite de Contato. É urgente a necessidade da atualização dessa bateria e a inclusão de alérgenos emergentes precisa ser avaliada.

Método: Estudo observacional e retrospectivo para avaliar prevalência de positividade a 40 alérgenos de contato da bateria latino-americana (IPI-ASAC) em 68 pacientes submetidos ao patch teste, em serviço de alergia, no período de janeiro/2021 a agosto/2022.
Resultado: Os 10 alérgenos mais prevalentes foram: níquel 33,8%, caína mix 29,4%, fragrância mix I 27,9%, tetracloropaladato de sódio 26,4%, cloreto de cobalto 22%, timerosal 17,6%, parafenilenodiamina 14,7%, neomicina 14,7%, metilbromo-glutaronitrilogalato 14,7% e blue disperse 13,2%. A prevalência de positividade de haptenos não presentes na bateria padrão foram: caína mix 29,4%, tetracloropaladato de sódio 26,4%, metil bromo glutaronitrilo 14,7%, blue disperse 13,2%, metilisotiasolinona 10,2%, galato de propila 8,8%, sesqueterpemo lactona mix 7,3%, resina epóxi bisfenol a 7,3%, própolis 4,4%, cocoamidopropil betaína 4,4%, fragrância mix II 4,4%, butil fenol para terciário 4,4%, diazolinidil ureia 4,4%, budesonida 2,9%, imidazolinidil ureia 1,5%, n-isopropil-n-fenol-p-fenil 1,5%, álcool de lanolina 1,5%, acetato de hidrocortisona 1,5% e resina tonsilamida/formaldeído 1,5%.

Conclusão: A atualização da série padrão deve basear-se em dados objetivos sobre a frequência de sensibilização e relevância clínica de novos alérgenos. Nossos resultados apontam haptenos não presentes na série padrão, com alta prevalência de sensibilização, entretanto, é necessária a avaliação de outros alérgenos emergentes, bem como o veículo e a concentração ideais para maior acurácia da nova bateria padrão basileira. Esses resultados podem contribuir para a proxima atualização da bateria padrão brasileira.