XLIX Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia

Dados do Trabalho


Título

Determinando a gravidade da Polipose Nasal (RSCcPN) com algoritmo JESREC

Resumo

Justificativa: A RSCcPN tem grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. É uma doença complexa, com diferentes fenótipos e endótipos, resultando em grande heterogeneidade de resposta terapêutica e refratariedade da doença.
O JESREC (Japanese Epidemiological Survey of Refractory Eosinophilic Chronic Rhinosinusitis) utiliza um escore ≥ a 11 para classificar a RSCcPN em eosinofílica de acordo com os seguintes critérios: doença uni ou bilateral, presença de pólipos nasais, eosinofilia sanguínea, acometimento predominante do etmoide em tomografia computadorizada (TC). Pacientes com rinossinusite crônica eosinofílica (RSCeos) são avaliados quanto ao risco de refratariedade, classificados em RSCeos leve, moderada ou grave, de acordo com outro algoritmo que avalia eosinófilos no sangue > 5%, acometimento do etmoide ≥ maxilar, asma e/ou intolerância à AINEs.
Utilizamos o JESREC para determinar a gravidade da RSCcPN de pacientes acompanhados em Hospital Terciário (HTerc) e verificar risco de refratariedade.
Métodos: Estudo retrospectivo com análise de prontuários. Foram avaliados: sexo, idade, percentual de eosinófilos no hemograma, TC de seios paranasais, diagnóstico de asma e intolerância à AINEs.
Resultados: Foram avaliados 83 pacientes com RSCcPN, 44 (53%) do sexo feminino e 39 (47%) do masculino. A média de idade foi de 64,34 (19-90). De acordo com o JESREC, 09 (11%) pacientes tinham fenótipo não eosinofílico e 74 (89%) tinham RSCeos. Cinquenta e seis (67%) pacientes tinham asma.
Dentre os com RSCeos, 12 (14,4%) foram leve, 31 (37,3%) moderada e 31 (37,3%) grave.
Conclusão: Na amostra avaliada encontramos predomínio de RSCeos moderada e grave, provavelmente por se tratar de um HTerc, que recebe casos mais complexos.
Diante da complexidade da RSCcPN, o JESREC surge como ferramenta que possibilita, através de critérios objetivos, identificar maior chance de recorrência e refratariedade antes da cirurgia, contribuindo para predizer a necessidade de imunobiológicos.

Área

» Rinite, rinossinusite, polipose nasal e alergia ocular

Autores

BIANCA VICTORIA DE OLIVEIRA MARTINS, Sergio Duarte Dortas Junior, Kelielson Cardoso de Macêdo Cruz, Elaine Silva Oliveira, Fabiana Chagas da Cruz, José Elabras Filho, Priscila Novaes Ferraiolo, Solange Oliveira Rodrigues Valle