Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO DOS CRITÉRIOS DO ÍNDICE PREDITIVO DE ASMA MODIFICADO EM UMA COORTE DE LACTENTES ACOMPANHADOS EM AMBULATÓRIO DE ESPECIALIDADE.

Resumo

Justificativa:
A identificação precoce dos lactentes que apresentam maior risco para sibilância persistente em idades maiores, pode permitir a utilização de medidas preventivas ou intervenções terapêuticas adequadas. Objetiva-se verificar nesta coorte a associação entre os critérios presentes no índice preditivo de asma modificado (IPAm) no primeiro ano de vida e sua correlação com a persistência de sibilância nas idades pré-escolares e escolares.
Métodos:
Estudo de coorte retrospectivo, realizado em crianças que apresentaram sibilância recorrente no primeiro ano de vida, mais que 3 episódios ao ano, acompanhadas nos últimos 10 anos em ambulatório de especialidade. Foram avaliados 127 prontuários e destes selecionados 59 crianças que preenchiam os critérios para inclusão neste estudo.
Resultados:
Dos 59 pacientes incluídos no estudo, 34 (57,63%) apresentaram IPAm positivo, 11 (18,64%) IPAm negativo e 14 (23,73%) não possuíam dados suficientes para classificação. 15 de 34 (44,12%) tinham mães diagnosticadas com asma; 11 (32,35%) tinham pai com asma; 12 (35,29%) tinham sensibilização a algum alimento; 10 (29,41%) mostraram eosinofilia maior que 4% no hemograma; 9 (26,47%) tinham diagnóstico médico de dermatite atópica; 7 (20,59%) eram sensibilizadas a algum aeroalérgeno. Quanto a persistência de sibilância, dessas 34 crianças com IPAm positivo, 100% apresentaram sibilância na idade pré-escolar; 12 (35,29%) evoluíram com persistência de chiado após os 6 anos de idade; 10 (29,41%) ainda são pré-escolares. Das 12 que evoluíram com persistência de chiado, 11 (91,67%) tinham história de atopia familiar positiva. 29 (85,29%) foram amamentados por > 4 meses; 10/34 (30%) eram expostas ao tabagismo.
Conclusões
Na idade pré-escolar todas as crianças com critérios maiores e/ou menores para persistência de sibilância, mantiveram episódios de chiado. Na idade escolar observou-se que a atopia familiar foi um fator de significância estatística para persistência da sibilância.