Dados do Trabalho

Título

Dessensibilização em Paciente com Hipersensibilidade a Quimioterápico PEG asparaginase: Relato de Caso.

Resumos

JUSTIFICATIVA: A PEG asparaginase é um fármaco fundamental na terapêutica de leucemias. Sendo o tratamento central nos protocolos pediátricos de Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA). Reações de hipersensibilidade ocorrem em até 30% dos casos, tornando-se um desafio a conclusão da terapêutica desses pacientes.
RELATO DE CASO: J.A.C.F, masculino, 9 anos, natural da Venezuela apresentou disfonia e urticária logo após primeira infusão de PEG -asparaginase por via intramuscular para tratamento de LLA de células B no país de origem. Na segunda aplicação com pré-medicação, apresentou reação mais intensa, caracterizada por urticaria generalizada, disfonia e agitação. Foi transferido para unidade oncológica de um Hospital Terciário Pediátrico e iniciado novo protocolo com PEG asparaginase. Na segunda aplicação deste apresentou reação de hipersensibilidade grau 2, angioedema labial, exantema difuso, agitação, disfonia e taquicardia. Avaliado pela equipe de alergia, feito teste de puntura e intradérmico com PEG asparaginase, ambos negativos. Realizado dessensibilização segundo protocolo descrito por Castells et al (2016) em ambiente de Unidade Intensiva, em 4 etapas (16 passos) Ocorreu reação cutânea leve, concentrações 1:10 e 1:1 com melhora após medicação. Realizada segunda dessensibilização após 15 dias para completar terapêutico proposto, sem intercorrências. Recebendo alta para seguimento clínico com equipe assistente.
DISCUSSÃO: A dessensibilização de quimioterápicos permite que pacientes oncológicos sejam tratados com terapia de primeira linha. Tratamentos alternativos colocam em risco o resultado do mesmo e a expectativa de vida do paciente. É uma abordagem multidisciplinar coordenada pelo especialista em alergia junto com oncologia, enfermagem e farmácia. O alergista tem papel essencial para o sucesso do procedimento.