Dados do Trabalho

Título

MANEJO DA ANAFILAXIA: conhecimento dos pediatras brasileiros

Resumo

JUSTIFICATIVA Apesar da anafilaxia ser potencialmente fatal, o conhecimento dos pediatras sobre o seu manejo não é uniforme. O objetivo foi avaliar o conhecimento dos pediatras do Brasil acerca do manejo da anafilaxia e verificar se há relação entre o conhecimento satisfatório e as características sociodemográficas e de educação profissional dos participantes.
MÉTODOS Questionário on-line com casos clínicos de anafilaxia foi enviado aos associados da Sociedade Brasileira de Pediatria. O nível de conhecimento foi classificado em: satisfatório (acertou a droga e a via de administração nos dois casos) e satisfatório considerando o posicionamento (acertou a droga, a via de administração e o posicionamento do paciente nos dois casos). Foi realizada análise multivariada tomando-se como parâmetro o conhecimento satisfatório.
RESULTADOS Entre os pediatras brasileiros participantes (1674), 48,5% apresentaram conhecimento satisfatório. Os fatores associados ao conhecimento satisfatório foram: tempo desde a gradução de até 10 anos (OR 2,31 IC 1,74-3,05, p<0,001), possuir residência em pediatria (OR 1,44 IC 1,03-2,01, p=0,031), possuir habilitação em alergia e imunologia (OR 4,76 IC 3,00-7,54, p<0,001), ter realizado o Pediatric Advanced Life Support (PALS) nos últimos 2 anos (OR 1,32 IC 1,06-1,64, p=0,014) e possuir experiência em anafilaxia (OR 1,59 IC 1,25-2,03, p<0,001). Não houve diferença entre os pediatras das diversas regiões do país. Entre os pediatras, 22,2% apresentaram conhecimento satisfatório considerando o posicionamento.
CONCLUSÕES Os resultados quanto ao conhecimento satisfatório em anafilaxia são inferiores aos esperados para o tratamento de uma condição potencialmente fatal. É importante incentivar a educação permanente dos pediatras acerca deste tema.