Dados do Trabalho
Título
Perfil dos eventos adversos pós vacinais associados às vacinas contra o SARS-COV-2 avaliados em ambulatório de hospital terciário
Resumo
Justificativa: Com o avanço da cobertura vacinal contra o SARS-COV-2, é importante a notificação e avaliação dos eventos adversos pós vacinais (EAPV). Objetivo:Avaliar EAPV encaminhados ao ambulatório de reações vacinais de hospital terciário, diagnóstico atribuído e desfecho. Métodos:Estudo transversal retrospectivo, avaliando os critérios: vacina aplicada, dose, idade, sexo, reação e desfecho Resultados: Avaliados 118 pacientes entre janeiro e dezembro de 2021. Destes, 74(62,7%) foram EAPV à Astrazeneca(AZ), 23(19,5%) à Coronavac, 19(16,1%) à Pfizer e 2(1,7%) à Janssen. 84,7% ocorreram após 1ª dose e 91,5% das manifestações iniciaram- se após 6 horas da aplicação. 34 (28,8%) foram graves (internação acima de 24 horas). Houve predomínio do sexo feminino (AZ 71,6%; Coronavac 60,8%;Pfizer 57,8%).Em relação à AZ, manifestações vasculares ( plaquetopenia, eventos trombóticos) foram mais frequentes e ocorreram em 30(40,5%) dos EAPV; neurológicas (neurites, paresias, parestesias, Guillain Barré-SGB) em 18 (24,3%); cutâneas (urticária, angioedema, prurido) em 10 (13,5%). A manifestação mais comum com Coronavac foi cutânea (60,8%), sendo 1 anafilaxia. Com Pfizer, 6(31,6%) apresentaram manifestações neurológicas e 6(31,6%), cutâneas. Os 2 vacinados com Janssen apresentaram eventos vasculares. A troca da plataforma ocorreu em 27, 4 e 3 pacientes que receberam inicialmente AZ, Coronavac e Pfizer. Futuras doses foram contra indicadas em 11 pacientes por SGB (8) ou autoimunidade (3). Todos EAPV apresentaram relação temporal com a vacina e 81,3% apresentaram associação de causalidade de acordo com os critérios da Brighton Collaboration. Foram observado 2 óbitos,1 associado a comorbidades prévias e outro a hepatite autoimune. Demais casos com desfecho favorável. Conclusão:Maior parte dos EAPV avaliados ocorreram após AZ, auto limitados. Troca de plataforma foi uma opção válida e a notificação é essencial para identificar pacientes de risco e direcionar com segurança a imunização
Área
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Autores
BEATRICE SANTANASTASIO MIRANTE, SORAYA REGINA ABU JAMRA, ISABELA MARIA ANSELMO RIBEIRO SIMOES, JORGETE MARIA SILVA, PERSIO ROXO-JUNIOR