XLIX Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES QUE EVOLUÍRAM PARA ÓBITO COM COINFECÇÃO VIRAL: COVID-19 E INFLUENZA.

Resumo

Na pandemia da covid-19, observou-se casos de coinfecção com o vírus da influenza, que é semelhante em características clínicas e de transmissão ao da covid-19. Objetivo: avaliar evolução clínica, laboratorial e tomográfica de pacientes com coinfecção pela covid-19 e influenza comparado com pacientes infectados somente pela covid-19 que foram a óbito. Método: Estudo retrospectivo em centro único, por revisão de prontuários de pacientes que foram a óbito de abril de 2020 a janeiro de 2021 com diagnóstico confirmado de COVID-19 e influenza A e B. Foram divididos em 2 grupos: grupo 1 (Covid-19 e Influenza) e grupo 2 (apenas Covid-19). Resultados: Internados 8841 pacientes com suspeita de covid-19 no período estudado e 667 foram á óbito e 426 preencheram os critérios de inclusão, destes, 27 pacientes tiveram coinfecção compondo o grupo 1, o grupo 2 foi selecionado de forma randomizada outros 27 indivíduos. A idade média dos grupos 1 e 2 foi 75,9 e 77,9 anos (p=0,546) respectivamente. Não houve diferença significativa quanto ao gênero entre os grupos (p=0,520). Hipertensão, diabetes, e doença cardiovascular foram as principais comorbidades entre os 2 grupos sem diferenças estatística (p=1.00, p= 0,77 e p=0,27) respectivamente. Tosse, febre e dispneia foram principais sintomas, mas sem diferença estatística (p=1,0, p=0,90 e p=1,0) respectivamente. Acometimento pulmonar acima de 50% foi estatisticamente maior no grupo 1 (20) que no grupo 2 (12) (p=0,049). Houve diferença estatística em relação ao tempo de internação até evolução para óbito, sendo no grupo 1 a média foi de 12,1 e no grupo 2, de 23 dias (p=0,010). Quanto ao número de linfócitos não houve diferença entre os 2 grupos (p=0,85). Conclusão: Nesta casuística, pacientes com coinfecção pela COVID-19 e vírus da influenza foram a óbito mais rápido e tiverem um pior comprometimento pulmonar. Ao comparar idade, gênero, principais sintomas, número de linfócitos e comorbidades não encontramos significância estatística.

Área

» Outros

Autores

Marlon Alexandro Steffens Orth, Maria Elisa Bertocco Andrade, Adriana Teixeira Rodrigues , Fátima Rodrigues Fernandes , Yvan Figueroa Olguin, Vinicius Pereira Barbosa Almeida, Caroline Hirayama