Dados do Trabalho
Título
Efeito da inibição seletiva de JAK1 no controle de Dermatite atópica grave e refratária a outras terapias sistêmicas: relato de caso
Resumos
A. Justificativa: Com a chegada de novas opções terapêuticas para dermatite atópica (DA) moderada grave, tem sido possível controlar a doença de forma mais rápida e eficiente.
B. Relato de caso: Paciente A.C.M. 22 anos, feminina, com história de dermatite atópica desde 1 ano de idade e cuja DA tornou-se grave aos 19 anos, foi encaminhada devido falha do tratamento tópico e ciclos de corticoides orais e, apesar disso, mantinha escore de gravidade elevado (SCORAD sempre acima de 50). Inicialmente, optou-se por iniciar Ciclosporina 100mg de 12/12 horas, porém foi descontinuado após 5 meses, pois a paciente não apresentou melhora e começou a queixar dor epigástrica e queda de cabelo, SCORAD 44,9. A seguir, foi proposto o uso do baricitinibe, inibidor de JAK1 e JAK2. Devido ausência resposta, SCORAD 54, optamos pela substituição do baricitinibe pelo upadacitine, inibidor seletivo de JAK1, 15mg ao dia. Entre 10 e 14 dias a paciente começou a perceber melhora do prurido e das lesões. Com 3 meses de tratamento, segue com melhora importante das lesões e do prurido, SCORAD 17, porém, neste período, apresentou 2 episódios de herpes labial. Ademais, a paciente de também notou, após cerca de 4-6 semanas de uso de upadacinibe, o surgimento de lesões de aspecto acneiformes distribuídas em tronco e membros, que não comprometeram a manutenção do tratamento.
C. Discussão: A dermatite atópica apresenta alta complexidade fisiopatológica e diferentes fenótipos, dessa forma, dispor de opções terapêuticas com diferentes alvos imunológicos, permitiu, nesse caso, o controle de uma doença que tanto impacta na qualidade de vida.
Área
» Dermatite atópica e de contato
Autores
Mariana Silva Soares, Daniel Carlos Santos Macedo, Caroline Rosa Emergente Coutinho, Eli Mansur, Ariana Campos Yang