Dados do Trabalho

Título

PERFIL DOS PACIENTES COM URTICÁRIA CRÔNICA QUE INTERROMPERAM O USO DE OMALIZUMABE

Resumo

Justificativa: A urticária crônica é caracterizada por placas eritematosas e pruriginosas acompanhadas ou não de angioedema por mais de seis semanas. Estudos recentes mostram que o omalizumabe foi eficaz no controle dos sintomas acima de 70% dos pacientes com urticária crônica espontânea (UCE) não controlada com anti-histamínicos. Os objetivos deste estudo são avaliar o perfil dos pacientes com urticária crônica (UC) que interromperam o uso de omalizumabe, bem como sua eficácia. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo observacional em que foram analisados prontuários de pacientes com diagnóstico de UC que interromperam o uso de omalizumabe. Resultados: Dos 65 indivíduos analisados, 18,18% interromperam o uso de omalizumabe e a maioria foi do sexo feminino (80%). Além disso, a idade média foi de 39,3, variando entre 5 a 67 anos. Como diagnóstico principal, 90% dos pacientes apresentavam UCE e apenas 10% apresentavam urticária crônica induzida (UCInd) colinérgica. Além disso, 30% também apresentavam UCInd associado ao quadro de UCE. Em média, os pacientes que interromperam o uso da medicação, iniciaram a UC há 7,9 anos, variando entre 4 e 15 anos. Destes, 70% interromperam o omalizumabe por controle dos sintomas da UC, sendo que 30% não obtiveram resposta ao tratamento. O tipo de resposta foi classificado como respondedores precoces (30%) e respondedores tardios (40%). O tempo de uso do omalizumabe, entre os pacientes que interromperam o seu uso foi de 30,7 meses, sendo o tempo médio nos respondedores de 36,43 meses, variando entre 6 a 61 meses. Conclusões: O estudo demonstrou que na maior parte da amostra analisada, o omalizumabe foi capaz de controlar a UC, mostrando-se semelhante aos estudos clínicos sobre sua eficácia. O padrão de resposta precoce ou tardia não influenciou a interrupção do tratamento e o tempo médio do uso de omalizumabe nos respondedores foi em torno de 3 anos.

Área

» Urticária e angioedema