Dados do Trabalho

Título

Registro Brasileiro de Anafilaxia – Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (RBA-ASBAI): manifestações clínicas e evolução de pacientes inseridos - avaliação preliminar

Resumo

Justificativa: Avaliar as manifestações clínicas, tratamento e evolução imediata de pacientes atendidos por imunoalergistas em decorrência de episódio de anafilaxia.

Método: Inserção online dos dados de 136 pacientes (sexo masculino, N=61), com mediana de idade de 23 anos (1 a 77 anos; 14,7% menores de 4 anos) por seus médicos atendentes no RBA-ASBAI.

Resultados: A reação anafilática ocorreu em vários locais: casa (44,1%), hospital/unidade de saúde (14,7%), parque/campo (14,0%) entre outros. Teve início nos primeiros 30 minutos após contato com o agente desencadeante em 84,6% dos pacientes e em 92,6% deles na primeira hora. As manifestações cutâneas predominaram (91,9%) seguidas pelas respiratórias (69,1%), cardiovasculares/outros (55,9%) e gastrointestinais (35,3%). Para 18,4% dos pacientes (média de idade 21,4 anos; 1 a 77 anos) esse foi o primeiro episódio. O episódio atual foi mais grave que anteriores para 52,9% deles. Os pacientes foram tratados em: serviço de urgência (66,2%); no local da reação (20,6%), unidade de tratamento intensivo (6,6%), entre outros. Receberam adrenalina IM (kit/profissional de saúde) 63,2% dos pacientes, anti-histamínico 89,0%, corticosteroide sistêmico 86,8%, broncodilatador 27,9% e suplementação com O2 33,8%. Quatro pacientes foram reanimados e nove foram admitidos em unidade de cuidados intensivos. A maioria dos pacientes teve boa resposta terapêutica e 2 manifestaram reação bifásica (1,5%).

Conclusão: A análise preliminar dos dados do RBA-ASBAI aponta que os episódios tiveram início muito rápido (primeiros 30 minutos), ocorreram em sua maioria na habitação e as manifestações cutâneas foram as mais frequentes. Embora o uso de adrenalina IM tenha sido substancial, o de anti-histamínicos e corticosteroides atingiu quase 90%. A evolução dos pacientes foi satisfatória e houve reação bifásica em 1,5% dos pacientes.