Dados do Trabalho


Título

A realidade da epilepsia na atenção primária no Rio de Janeiro: Experimento educacional com profissionais da atenção básica sobre manejo da epilepsia

Introdução

A Unidade Básica de Saúde (UBS) é o primeiro acesso do portador de epilepsia, sendo responsável pelo acolhimento e terapêutica iniciais. A maioria dos casos não terá necessidade de acompanhamento especializado e o profissional que atua na UBS deve saber diagnosticar, tratar e identificar quais os que necessitam de avaliação de serviços terciários.

Objetivo

Avaliar o conhecimento dos profissionais das UBS sobre o manejo de pacientes com epilepsia no Rio de Janeiro.

Método

Foram realizados questionários online sobre o tema da epilepsia pré e pós exposição de aulas educacionais ministradas por neurologistas com atuação na área da epilepsia.

Resultados

Participaram do projeto 66 profissionais médicos atuantes na atenção básica do Rio de Janeiro, sendo 54,5% atuantes como residentes ou profissionais formados em medicina da família e comunidade.Cerca de 66,7% apresentavam de 1 a 3 anos de prática médica,19,7% de 4 a 6 anos e 13,7% com mais de 7 anos.O manejo de gestantes e idosos foi o maior ponto de insegurança.Sobre o controle das crises convulsivas, cerca de 45,5% dos profissionais encaminham os pacientes ainda sem exames iniciais devido a demora no encaminhamento e 13,6% encaminham sem a investigação inicial básica.A maioria dos médicos (78,8%) não sabem a definição de epilepsia farmacorresistente.A medicação mais utilizada foi a Carbamazepina (80,3%),seguida de Ácido valpróico (69,7%),Fenobarbital (56,1%) e Fenitoína (36,4%).A decisão terapêutica é influenciada por disponibilidade na farmácia do SUS em 81,8% dos casos, seguida de posologia e compreensão do paciente (60,6%),efeitos colaterais (34,8%), idade (36,4%),comorbidades associada (18,2%),custo (15,2%),necessidade de monitoramento sérico (15,2%) e sexo (12,1%).O tipo de crise convulsiva não influenciou na escolha em 23% dos profissionais.Entre as opções não farmacológicas,75% dos participantes conheciam o uso do canabidiol,40,9% possibilidade cirúrgica,22,7% dieta cetogênica,22,8% uso de DBS/VNS.Sobre conhecimentos direcionados para epilepsia,78% não souberam classificar corretamente o tipo de crise através de vídeos expositivos de semiologia epiléptica.Quase a totalidade dos entrevistados (90,2%)referiram a necessidade de um treinamento sobre o tema para otimizar o manejo dos pacientes com epilepsia na atenção básica.

Conclusão

Há a necessidade de treinamento dos profissionais da UBS por profissionais especializados para melhorar o atendimento da pessoa com epilepsia no SUS.

Palavras-chave

Atenção básica; Medicina de família; Epilepsia;

Área

EPILEPSIA NO ADULTO

Autores

Vanessa Cristina Colares Lessa, Leonardo Alves Araujo, Tayla Taynan Romão Bastos, Isabella D'Andrea Meira

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