Dados do Trabalho


Título

A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E A DERRUBADA DE ESTIGMAS SOBRE TRANSTORNOS MENTAIS NA PREVENÇÃO DA PSICOFOBIA.

Introdução

O estudo dos transtornos mentais passou por diversos processos transformadores nos últimos séculos. Desde a Grécia clássica ao século XXI tais processos são representações de seu tempo. Contudo, a forma como os indivíduos saudáveis veem os portadores de transtornos mentais ainda é carregado de estigmas. Foucault (1972) procurou reconstruir a forma com que os indivíduos considerados sãos justificavam seus temores quanto aos transtornos mentais, construindo um estereótipo discriminatório ao que consideravam patológico. E ainda que a dicotomia entre loucura e doença mental tenha evoluído e se modificado no decorrer dos anos, a sociedade atual ainda tem uma imagem negativa dos transtornos psíquicos e ao que estão associados, desenvolvendo-se no conceito de psicofobia.

Objetivo

Identificar e descrever, através da literatura, as relações entre o conhecimento acerca da saúde mental, a evolução de tais conceitos, suas variações, bem como suas implicações na visão que a sociedade desenvolveu e os preconceitos por elas gerados.

Método

Revisão bibliográfica da literatura através de busca sistematizada nas bases de dados: MedLine (via Pubmed), Lilacs, Cochrane Library e SciELO. Artigos escritos nas línguas portuguesa ou inglesa e publicados nos últimos cinco anos.

Resultados

A psicofobia está emaranhada nos ditames da sociedade tanto que em 2001 foi necessária uma lei que estabelecesse os direitos dos portadores de transtornos mentais. Mesmo profissionais de saúde que lidam com esses transtornos são discriminados, permanece na sociedade uma ideia errônea de que esses transtornos seriam transmissíveis. No decorrer da história esses estigmas foram aprofundados, somente no final do século XVIII, na França, houve um esforço na direção oposta. No Brasil, até os anos 70 o encarceramento de pacientes mentais ainda era a regra, somente com a luta antimanicomial esse cenário começou a se alterar. Durante esse tempo foram construídos estigmas a respeito da doença mental, o que desemboca na psicofobia e suas vertentes. Embora muito tenha sido feito como “Mês Nacional de Combate a Psicofobia”, muito trabalho ainda resta.

Conclusão

Mesmo com tantas mudanças na visão dos transtornos mentais, não é difícil identificar uma distorção quanto a estes. E as repercussões na vida em sociedade é palpável. Os preconceitos vividos por pessoas com transtornos e profissionais que lidam com eles ainda é um entrave para o melhor convívio e somente o esclarecimento populacional pode resultar na supressão desses estigmas.

Palavras-chave

Psicofobia, saúde mental, psiquiatria

Área

Neuropsicologia

Autores

RAFAEL FURLAN SILVA FABRI, RODRIGO ALMEIDA LUZ, RODRIGO FURLAN SILVA FABRI, VITOR SOUZA VANO, VINICIUS FERNANDES FREITAS, BRUNA CASTRO ANDRADE GASPARIAN, ARTHUR PENIDO