Dados do Trabalho
Título
Autoempatia como elemento necessário para regulação das emoções
Introdução
A necessidade de importarmo-nos uns com os outros, identificando-nos com o que temos em similaridade, seres vivos, seres humanos neste planeta, vem se tornando atualmente um foco comum em estudos e reflexões entre investigadores da neurociência, do comportamento, das emoções e relacionamentos sociais, para citar alguns.
Na área da promoção de saúde e da psicoterapia, atividades que desempenho há quarenta anos como professora, psicoterapeuta e facilitadora da formação em Análise Transacional, não é diferente. Em especial nas duas últimas décadas, a ampliação do conhecimento sobre cérebro e sistema nervoso em pesquisas na neurociência tem proporcionado relacionar estas áreas de compreensão do individuo e suas relações, contribuindo para reflexões, entendimento e propostas de ação e liberação possível do sofrimento humano.
Objetivo
Assim, o propósito deste artigo é refletir, a partir de bibliografia atual, sobre a possibilidade de compreender empatia como originada de emoção primária ou natural.
E, neste contexto, refletir sobre o que seria uma autoempatia, se assim podemos nominá-la, antecedendo e facilitando a conexão empática.
Método
Na revisão da literatura, abordaremos os temas emoções, consciência emocional e sentimentos, sistema padrão, empatia e autoempatia para, a partir dos enfoques apresentados, tecer as considerações.
Resultados
O processamento interno, com pensamentos autogerados, com memória autobiográfica, autoprojeção e atenção flutuante e sua relação com o sistema padrão, constitui demonstração da importância de diferenciar o eu do outro através de um caminho que passe pela interocepção, validando, através do panorama interno corporal, a natureza do indivíduo em seu propósito de sobrevivência, bem estar e evolução. Parece ser insuficiente a regulação cognitiva das emoções via top-down, seja através de intervenções biomédicas ou psicossociais. Um nível de validação da natureza e força das emoções via botton-up parece constituir força importante neste processo, validada pelas pesquisas apresentadas sobre sistema padrão e outros achados da neurociência.
Conclusão
A partir das referências abordadas, torna-se evidente a importância da regulação das emoções contemplando a autoempatia para que sua função de regulação de nossos instintos com o propósito de sobrevivência, bem estar e evolução, possa acontecer, no campo individual e no social.
Palavras-chave
autoempatia sistema padrão regulação emocional
Área
Psicoterapia e Neurociências
Autores
JANE MARIA PANCINHA COSTA