Dados do Trabalho
Título
PENSAMENTOS E SENTIMENTOS DOS PAIS A RESPEITO DO TRABALHO DOS FILHOS MÉDICOS NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19
Introdução
O medo, incertezas e desconhecimentos sobre a pandemia de COVID-19, pode gerar prejuízos inerentes a saúde mental da população, em especial profissionais de saúde. Os profissionais que trabalham na linha de frente no combate ao vírus acabam sendo mais suscetíveis a contaminação pelo COVID-19.
Objetivo
Analisar os pensamentos e sentimentos de pais a respeito do trabalho dos filhos médicos no enfrentamento a pandemia de COVID-19.
Método
Trata-se de um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta pelos pais de médicos que atuam em todo território nacional no enfrentamento da pandemia de COVID-19. O questionário, elaborado pelos autores para este estudo, foi enviado virtualmente, disponibilizado pela plataforma Google-Formulários, com perguntas de múltiplas escolhas. Os dados foram transcritos para o programa Excel 2016, e em seguida transferidos para o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).
Resultados
Foi constatado que a maioria dos pais concordam totalmente que têm se preocupado mais com o filho (89,1%), sendo essa preocupação mais intensa com o filho médico (81,9%). A maioria acredita que o filho fez a escolha profissional certa (41,5%), e sentem tanto orgulho (40,1%) quanto apreensão (39,3%) em relação ao trabalho realizado pelo filho. A maioria dos pais acredita que ele tenha as informações suficientes para lidar com pandemia (61%) e para ajudar os próprios pais (66,8%). Todavia, grande parte tem medo dele ser contaminado (77,4%), medo de se infectar (38,7%) e medo de morrer (34,7%). Quando perguntados sobre a interferência da pandemia na relação pais e filhos, as respostas ficaram maiores nos extremos, entre concordar totalmente (33,5%) e discordar totalmente (20,9%). Além disso, o meio de comunicação mais usado foi a vídeo-chamada (43%), pois o modo de comunicação foi alterado em função da pandemia (43,8%). Por fim, grande parte considera que a situação atual gerou mais proximidade na relação com o filho médico (52,4%), sendo que ela será mantida após a resolução da situação atual (42,1%) e que a atenção recebida pelo filho é suficiente para se sentir cuidado por ele (63,6%).
Conclusão
Os pais encontram-se mais preocupados e apreensivos quanto ao trabalho dos filhos. Contudo, apesar nas mudanças e adaptações nas relações com seus descendentes médicos, muitos acreditam estar sendo o suficiente para sentirem cuidados e amparados, demonstrando resiliência por parte destes.
Palavras-chave
COVID-19; Saúde mental; Estresse Psicológico.
Área
Outros Transtornos Psiquiátricos
Autores
BRÁULIO BRANDÃO RODRIGUES, FÁBIO FERREIRA MARQUES, JUSSANE CABRAL MENDONÇA