Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM PAIS A RESPEITO DO TRABALHO DOS FILHOS MÉDICOS NO ENFRENTAMENTO A PANDEMIA DE COVID-19

Introdução

Uma nova síndrome respiratória aguda e com potencial altamente infeccioso provocada pelo SARS-CoV-2 foi identificada em 2019 na província de Wuhan na China, culminando na pandemia de COVID-19. Nas epidemias anteriores já foram evidenciadas a necessidade do apoio psicossocial a toda população, sendo os idosos bastante afetados pelo isolamento social.

Objetivo

Analisar a presença de sintomas depressivos nos pais de médicos a respeito do trabalho de seus filhos no enfrentamento a pandemia de COVID-19.

Método

Métodos: Trata-se de um estudo descritivo transversal com abordagem quantitativa. A amostra foi composta pelos pais de médicos que atuam em todo território nacional no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Os questionários foram enviados virtualmente, disponibilizado pela plataforma Google-Formulários, sendo utilizado um questionário sociodemográfico e a Escala de Depressão Geriátrica – 5 (GDS-5). Os dados foram transcritos para o programa Excel 2016, em seguida transferidos para o Programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Foi aplicado o teste Qui-quadrado e regressão logística.

Resultados

Foram coletadas 349 respostas dos pais de médicos que estão atuando em todo território nacional no enfrentamento da pandemia de COVID-19, sendo que, no âmbito geral, foram encontrados 36,7% (n = 128) indivíduos com possível depressão através da Escala de Depressão Geriátrica – 5 (GDS-5). Na realização de regressão logística, notou-se que um indivíduo de etnia branca tem 3,58 vezes mais chances de apresentar um quadro sugestivo de depressão que os demais. Além disso, a cada um filho médico, essa chance diminui 16,4%. A maioria dos pais que não estão satisfeitos com a vida, que se aborrecem facilmente, que preferem ficar em casa e se sentem inúteis apresentaram sintomas depressivos, classificados como possível depressão. Além disso, todos os pais que se sentem desamparados apresentaram um possível quadro de depressão.

Conclusão

A presença de sintomatologia depressiva foi significativa nesse público, contudo a GDS-5 é utilizada para rastreio e não diagnostico. Existem poucos dados na literatura a cerca dessa temática, assim como estudos avaliando a depressão em tempos de pandemia ou enfrentamento de crises sanitárias, sendo necessário que o sistema de saúde mental se adapte para receber essa demanda crescente. Logo o presente estudo, poderá contribuir com a comunidade cientifica sendo pioneiro nessa temática.

Palavras-chave

Pandemia; COVID-19; Saúde mental; Depressão; Idosos.