Dados do Trabalho


Título

A IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA TERCEIRA IDADE E SEUS BENEFÍCIOS PARA A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS

Introdução

As modificações ocorridas nos hábitos alimentares da população idosa nas últimas décadas, aliadas às alterações fisiológicos inerentes do envelhecimento favorecem a ocorrência das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) nesta faixa etária, e estudos evidenciam a importância da alimentação na prevenção, a longo prazo, do desenvolvimento destas DCNT, e das doenças cognitivas.

Objetivo

Neste contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar a relação entre o estado nutricional e a qualidade da dieta de idosos ativos que frequentam um programa para a terceira idade, inserido em uma universidade privada no interior de Minas Gerais.

Método

Para tanto, foram coletados os dados antropométricos de peso (kg) e altura (m), para o cálculo do IMC (kg/m2), além da circunferência da cintura (CC), de 31 idosos. Também foram coletados dados quantitativos e qualitativos do consumo alimentar por meio da aplicação do
recordatório alimentar de 24 horas (R24h) de 3 dias.

Resultados

Os Idosos do estudo, apresentaram idade média de 70,8±7,2 anos, sendo 7 homens e 24 mulheres. Mediante a avaliação antropométrica, encontrou-se peso médio de 69,6±11,4 kg. O IMC foi 27±4,2 kg/m², indicando uma população com sobrepeso (41,9%). Apenas 2 idosos apresentaram quadro de desnutrição (6,5%). Na avaliação da CC, os homens apresentaram medida de 95,9±6,4 cm, e as mulheres medida de 92±12,4cm. Segundo a classificação para risco de DCNT, 71% da amostra avaliada apresentava risco. Verificou-se consumo energético insuficiente em 80% dos idosos, metade apresentava consumo de proteínas abaixo da recomendação (1g/kg), e 30% apresentavam consumo de lipídeos acima do ideal (20-35%). O consumo de carboidratos encontrou-se dentro da faixa de recomendação (45-65%) das DRIS para 95% dessa população, e apenas 10% apresentava ingestão adequada de fibras.

Conclusão

Conclui-se que os idosos apresentaram um baixo consumo de alimentos fontes de ácidos graxos poli-insaturados, e hortifrútis. Assim como consumo frequente de alimentos fontes de açúcar simples e gorduras trans. Tal perfil alimentar contribuiu para o estado nutricional observado, de excesso de peso e adiposidade abdominal, mas também favorecem o desenvolvimento das DCNT, outras doenças coronarianas, assim como da função cognitiva. Assim, sugerimos que o desenvolvimento de atividades de educação nutricional focado no comportamento alimentar, aliada à pratica de atividade física, poderia prevenir o surgimento de debilidades cognitivas e o desenvolvimento de DCNT neste grupo etário.

Palavras-chave

Idoso, Consumo Alimentar, Doenças Crônicas não Transmissíveis.

Área

Outros Transtornos Neurológicos

Autores

GABRIELLA RODRIGUES SILVA, GISELE XAVIER RIBEIRO COSTA, DANIELLE RAQUEL GONÇALVES, KELEN CRISTINA ESTAVANATE DE CASTRO, ALINE CARDOSO DE PAIVA, MARCOS LEANDRO PEREIRA