Dados do Trabalho


Título

SUPLEMENTAÇAO DE VITAMINA D EM ADULTOS COM TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR: REVISAO DE LITERATURA

Introdução

O transtorno depressivo maior é a psicopatologia com a mais alta prevalência ao longo da vida, de modo que, fatores biológicos, genéticos e psicossociais fazem parte do seu grupo etiológico. Sendo assim, mudanças nos sistemas imune e endócrino possuem papel central nas suas alterações patológicas.
A vitamina D é um sistema endocrinológico composto pelo metabólito ativo calcitriol e seus precursores colecalciferol, calcidiol, entre outros. É adquirida principalmente de forma endógena, após ativação de substância precursora, localizada na epiderme, por radiação ultravioleta (luz solar). Apresenta efeitos imunomodulatórios importantes. Assim, sua deficiência levaria a estado pró-inflamatório, com predisposição a patologias de possível etiologia imunológica e natureza inflamatória, tal qual o transtorno depressivo maior.
A avaliação da sua reserva ocorre com a dosagem de calcidiol. Os valores ideais são: acima de 20 ng/mL na população geral e entre 30-60 ng/mL em grupos de risco. Há risco de toxicidade em níveis acima de 100 ng/mL.

Objetivo

Revisar a literatura quanto à suplementação de vitamina D na população adulta geral com transtorno depressivo maior.

Método

Revisão através de busca de artigos no banco de dados PUBMED, com termos de inclusão “vitamin D, supplementation ou treatment e major depressive disorder” e de exclusão “older, pregnancy, postpartum, child, adolescent e adolescents”, publicados desde 2001 e categorizados como revisão sistemática, metanálise ou ensaio clínico randomizado controlado. Foram encontrados 12 artigos, com exclusão de 5 (fora do tema proposto). Dos 7 artigos incluídos, apenas um foi ensaio clínico.

Resultados

Todos os trabalhos evidenciaram boa resposta ao uso da suplementação de D, exceto um, sem relevância estatística. O único ensaio clínico tampouco teve relevância estatística. Uma revisão analisou separadamente o resultado nas populações geral e com depressão, com resultado positivo relevante apenas dentre os doentes. As revisões analisadas utilizaram-se principalmente dos mesmos estudos, com maior relevância e resultados positivos. Um desses demonstrou benefício da associação da vitamina D ao antidepressivo.

Conclusão

Apesar da escassez bibliográfica, os dados obtidos demonstram resultados promissores do uso da vitamina D no tratamento do transtorno depressivo maior. Ainda, se conclui que a hipovitaminose D é um possível fator de refratariedade ao tratamento da depressão. Por fim, é necessário novos estudos para alcançar resultados com relevância estatística.

Palavras-chave

"vitamina D", "transtorno depressivo maior", "revisão de literatura"

Área

Psicofarmacologia

Autores

FERNANDA BIFANO SOARES, JULIANA ARGENTON, AMANDA LUIZA CARPES