Dados do Trabalho


Título

PERFIL COGNITIVO DE IDOSOS COM DIFERENTES FAIXAS ETARIAS ATENDIDOS NA ATENÇAO AMBULATORIAL

Introdução

Durante o processo de envelhecimento há uma tendência à diminuição da capacidade cognitiva que pode ser impulsionada por fatores genéticos, culturais, econômicos, hábitos de vida, escolaridade e presença de doenças. Pesquisas na atenção ambulatorial evidenciam alta prevalência de comprometimento cognitivo entre idosos, uma vez que esta condição se relaciona a vulnerabilidade do estado de saúde e requer atenção especializada.

Objetivo

Analisar o perfil cognitivo de idosos com diferentes faixas etárias atendidos na atenção ambulatorial.

Método

Estudo quantitativo e transversal, desenvolvido com participantes acima de 60 anos, de ambos os sexos, acompanhados entre fevereiro e julho de 2019 em um Ambulatório de Gerontologia do estado de São Paulo. Foram aplicados instrumentos para caracterização sociodemográfica, de saúde e para avaliação do desempenho cognitivo por meio do 10-Point Cognitive Screener. Para análise dos dados, os participantes foram divididos entre dois grupos etários (60 a 79 anos e acima de 80 anos). Todos os procedimentos éticos foram seguidos.

Resultados

O grupo de 60 a 79 anos foi composto por 24 participantes, enquanto 26 compuseram o grupo de 80 anos ou mais. Em ambos os grupos, houve predomínio de mulheres (75% e 65,3%), viúvas (41,6% e 61,5%), com média de 4,1 (±4,2) e 2,8 (±2,6) anos de estudo, respectivamente. No primeiro grupo, 29,1% dos participantes apresentaram polipatologia, 58,3% polifarmácia, 29,1% desempenho cognitivo normal e 45,8% alteração cognitiva grave, enquanto 26,9% dos idosos acima de 80 anos apresentaram polipatologia, 57,6% polifarmácia, 11,5% desempenho cognitivo normal e 88,4% alteração cognitiva grave.

Conclusão

Apesar do perfil dos idosos participantes do estudo apontar índices mais altos de polipatologia e polifarmácia entre idosos de 60 a 79 anos, observou-se no grupo mais longevo uma prevalência de alteração cognitiva grave substancial quando comparados a seus pares. A partir da identificação de alteração cognitiva em idosos, o profissional de saúde deve intervir sobre a condição utilizando técnicas de compensação e envolvendo familiares e cuidadores, levando em conta a importância de estratégias para o gerenciamento desta condição.

Palavras-chave

Disfunção Cognitiva; Desempenho Funcional; Atividades Cotidianas

Área

Neuropsiquiatria geriátrica

Autores

GUSTAVO CARRIJO BARBOSA, LUANA APARECIDA ROCHA, LUDMYLA CAROLINE DE SOUZA ALVES, DIANA QUIRINO MONTEIRO, ANA JULIA DE SOUZA CAPARROL, ANABEL MACHADO CARDOSO, BEATRIZ RODRIGUES DE SOUZA MELO, BIANCA FRANCESCHINI SIQUEIRA, ADRIELLI FERNANDA OLIVEIRA E SILVA, GABRIELA MARTINS, ALINE CRISTINA MARTINS GRATÃO