Dados do Trabalho


Título

MORBIDADE HOSPITALAR DA DOENÇA DE PARKINSON NO RIO GRANDE DO SUL – ANALISE EPIDEMIOLOGICA DE 2010 A 2019

Introdução

A doença de Parkinson (DP) trata-se de uma doença neurodegenerativa progressiva caracterizada por tremor e bradicinesia. Estima-se que pacientes com DP tem 1,44 vezes mais chances de serem internados em relação a controles. Ainda, as admissões hospitalares causam substancial aumento da morbidade e mortalidade desses pacientes, sendo que 44% deles não retornam ao status funcional prévio à internação.

Objetivo

O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico e os aspectos associados de admissões hospitalares por DP no estado do Rio Grande do Sul (RS), Brasil.

Método

Foram utilizados dados secundários apanhados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil, tratando-se, portanto, de um estudo ecológico descritivo. Os dados analisados foram aqueles que caracterizam as internações hospitalares acima de 50 anos de idade por DP, entre 2010 a 2019, no estado do Rio Grande do Sul. Foram avaliados dados como faixa etária, sexo, etnia, valor médio gasto em cada internação, a média de dias na internação e a mortalidade.

Resultados

No período analisado, foram reportadas 1.076 internações em decorrência da DP. Em relação às faixas etárias observadas, notou-se predomínio por aqueles entre 70-79 anos (38,2%). Seguida por ela, encontram-se as faixas entre 60-69 (24,7%), 80 anos e mais (21,9%) e 50-59 (15,2%) anos. Sobre o sexo dos pacientes, houve uma prevalência similar entre os sexos, sendo 51,3% (n=551) do sexo masculino e 48,7% (n=525) do feminino. A etnia que predominou, apesar de 23,6% das admissões hospitalares não fornecerem essa informação, foi a branca (71,3%). Quando avaliou-se o tipo de atendimento das hospitalizações, mais de 80% tiveram caráter de urgência. A média de permanência em unidade hospitalar foi de 7,9 dias. Além disso, estima-se que o valor médio gasto, com cada internação, corresponda a R$1.036,67. Em relação à mortalidade, foram registrados 58 óbitos, sendo assim, a taxa de mortalidade do estado foi de 5,39%.

Conclusão

As taxas de hospitalização no RS são maiores em pacientes entre 70-79 anos de etnia branca.

Palavras-chave

Morbidade, Parkinson, Rio Grande do Sul

Área

Outros Transtornos Neurológicos

Autores

GABRIEL FIORIO GRANDO, LUÍSA SOUZA MAURIQUE, VICTÓRIA SCHACKER, FRANCISCO WILKER MUSTAFA GOMES MUNIZ