Dados do Trabalho
Título
ENSINO HIBRIDO: MEDO, ANSIEDADE E SOBRECARGA DE TRABALHO.
Introdução
Com a pandemia da COVID-19 e a necessidade de adoção de medidas estratégicas como o isolamento social para conter a propagação do coronavírus, diversas mudanças ocorreram tanto na vida pessoal como profissional dos cidadãos. Dentre elas, as aulas deixaram de ser presenciais, assumindo um formato virtual (síncrono e assíncrono). Atualmente, após uma melhora epidemiológica dos casos de infecção e internação, os governadores começaram a flexibilizar algumas atividades educacionais. No estado do Ceará, uma das atividades flexibilizadas foram as disciplinas práticas das universidades, as quais puderam voltar ao formato presencial, desde que respeitada a biossegurança. Em outras palavras, hoje na educação superior cearense, tem prevalecido o ensino híbrido. Contudo, pouco se sabe sobre o que esse novo formato tem trazido aos alunos.
Objetivo
Com base nisso, o objetivo da presente pesquisa foi verificara prevalência de sobrecarga de trabalho, receios e sintomas de ansiedade associados às aulas híbridas.
Método
Para tanto, realizou-se uma pesquisa quantitativa, na qual aplicou-se um questionário, via Google Forms, composto por 16 (dezesseis) perguntas sobre sintomas de ansiedade, cansaço e carga de trabalho. Participaram dessa pesquisa 27 alunos da disciplina de Neurociências e Psicologia, do curso de Psicologia Universidade de Fortaleza.
Resultados
Com as aulas híbridas, 59,2% da amostra passaram a apresentar maior preocupação geral; 70,3% dos participantes relataram maior sobrecarga de trabalho nas aulas híbridas em comparação ao sistema anterior, ou seja, somente aulas presenciais; 51,8% apresentaram receio de pegar COVID-19; 55,5% apresentou medo de contagiar amigos e família e 51,8% dos participantes apresentaram maior dificuldade de organizar o tempo e as atividades; Dentre os sintomas de ansiedade prevalentes em relação ao sistema híbrido, 72% apontaram cansaço físico e 48% aperto no peito.
Conclusão
O ensino híbrido tem sobrecarregado os estudantes, além de eliciar o medo de contágio de si, familiares e amigos, gerando muita ansiedade. Tais achados ressaltam que é um fator de risco para a aprendizagem e saúde mental dos universitários.
Palavras-chave
ensino híbrido, neurociências, ansiedade
Área
Neurociência básica
Autores
RAVI GABRIEL DE OLIVEIRA PONTE, MARIA BEATRIZ ALBINO BATISTA, ANDRÉ GADELHA WEYNE, BARBARA MARANHÃO CANDOIA DE MELO, NILSON DE MOURA FÉ NETO, BRUNA DE SÁ RORIZ FREITAS, JANINE ALBUQUERQUE NOGUEIRA, GABRIELA CANAL BRITO, ANDREA AMARO QUESADA