Dados do Trabalho

Título

ANSIEDADE E ESTRESSE NA ACADEMIA EM TEMPOS DE PANDEMIA POR COVID-19: RELATOS DE ESTUDANTES UNIVERSITARIOS PERNAMBUCANOS

Introdução

A pandemia por COVID-19 tem trazido repercussões consideráveis à saúde mental sobretudo entre parcelas populacionais consideradas mais vulneráveis como os universitários, sendo esse tema de interesse a comunidade científica.

Objetivo

descrever as repercussões do isolamento social imposto pela pandemia por COVID-19 sobre os hábitos de saúde e sintomas de estresse, ansiedade e depressão entre universitários

Método

Trata-se de um estudo do tipo descritivo observacional de corte transversal, realizado em um Centro Universitário, situado na cidade de Recife, no Estado de Pernambuco, devidamente aprovado por comitê de ética em pesquisa (parecer nº 4.076.216), com amostra não probabilística de 76 estudantes devidamente matriculados em todos os períodos do curso de Bacharelado em Fonoaudiologia da referida instituição. A coleta foi realizada no período de janeiro a março de 2021. Foram excluídos estudantes afastados das aulas/disciplinas por problemas de saúde. Para coleta, foi construído um instrumento eletrônico, encaminhado por mala direta (e-mail). O método estatístico descritivo foi utilizado para as análises dos dados.

Resultados

A idade média foi de 23 anos. Houve predomínio do gênero feminino (92,9%), 15% pertenciam a grupos de risco e 10% apresentou diagnóstico de COVID-19. Verificou-se impactos na alimentação (53,3%), e prática de exercícios (69,7%) e 57,9%, apresentaram sintomas de esgotamento. Um pouco mais da metade dos estudantes, apresentaram sintomas importantes de esgotamento, como dor de cabeça frequente (51,3%), alterações na qualidade do sono (68,4%) e dificuldades de pensamento (51,3%).Sobre as repercussões no humor, verificou-se altos níveis de tensão na amostra (68,4%), Tristeza (57,9%) e baixa motivação (64,5%) realizar com satisfação suas atividades diárias. Os sintomas de esgotamento estavam presentes em mais da metade dos estudantes, sendo este caracterizado pela expressiva perda de interesse pelas coisas (57,9%) e refletindo também na presença de comportamentos de risco à vida (10,5%). Por fim, percebeu-se alta prevalência de sintomas depressivos (73%).

Conclusão

Verificou-se impacto negativo do isolamento nas rotinas de alimentação e atividades, além disso houve alta prevalência de sintomas depressivos. Nesse sentido torna-se importante a avaliação contínua desses aspectos com vistas a redução dos transtornos psiquiátricos nessa parcela populacional visando a promoção da saúde mental, principalmente durante os períodos mais restritivos da pandemia.

Palavras-chave

Saúde Mental, COVID-19, Estudantes