Dados do Trabalho


Título

PREVALENCIA E FATORES ASSOCIADOS A ANSIEDADE EM PROFISSIONAIS DE SAUDE DA LINHA DE FRENTE DE UM HOSPITAL DO ALTO VALE DO ITAJAI NO ENFRENTAMENTO AO COVID-19

Introdução

Este trabalho visa relacionar a pandemia pelo COVID-19 que se iniciou no ano de 2020 no Brasil com o índice de prevalência dos sintomas de ansiedade nos profissionais da área da saúde de Rio do Sul, em Santa Catarina, que se traduz em avaliar a prevalência e fatores associados à ansiedade em profissionais de saúde da linha de frente de um hospital do Alto Vale do Itajaí no enfrentamento ao COVID-19.

Objetivo

Avaliar a prevalência dos fatores associados à ansiedade em profissionais de saúde da linha de frente no enfrentamento ao COVID-19 em um hospital no alto vale do Itajaí.

Método

Esta pesquisa é um tipo de estudo transversal, exploratório, descritivo e analítico. Foram entrevistados 133 profissionais de saúde atuantes nestes setores através de formulário eletrônico. Nesta pesquisa utilizou-se como instrumento de pesquisa um questionário elaborado pelos autores no qual constava variáveis para a caracterização da amostra, e também o inventário de ansiedade de Beck, onde foram comparados todos os dados, e a partir disso se obtiveram os resultados dos fatores atenuantes e agravantes para ansiedade.

Resultados

A amostra do presente estudo foi composta por 133 profissionais de saúde, com média de idade de 32,2 anos de idade, tendo a maior prevalência da raça branca (82,7%), estado civil solteiro (51,1%), nenhum filho (53,4%), religião católica (63,2%).
A prevalência de sintomas de ansiedade nesta pesquisa foi de 34,6% para grau mínimo, 20,3% para grau leve, 24,1% para grau moderado, e 21,1% para grau severo.
Na análise ajustada, entre os resultados estatisticamente significativos, estiveram presentes fatores agravantes e fatores protetivos. Nos fatores protetivos estão:trabalhar de madrugada e praticar exercícios antes da pandemia . Já nas possíveis variáveis preditoras de risco tem-se: ganho de mais de 5% em peso, aumento da carga horária de trabalho, qualidade de sono abaixo da média após o início da pandemia, necessidade de cochilos durante o dia, e trabalhar como técnico de enfermagem.

Conclusão

A ansiedade, juntamente com diversos outros transtornos mentais, teve um aumento de sua incidência e prevalência durante o período de pandemia, seja em decorrência direta deste ou pela modificação de hábitos de vida, como hábitos de sono, alimentação e prática de atividade física. Estimular a prática de atividades físicas, bem como a manutenção de uma higiene do sono adequada e uma reeducação alimentar, visando o não aumento de peso, podem atenuar os malefícios provocados pela própria pandemia.

Palavras-chave

Pandemia; COVID-19; Ansiedade

Área

Transtornos relacionados ao Estresse

Autores

GUILHERME COAN VOLPATO, FRANCIANI RODRIGUES DA ROCHA, JOSÉ EDUARDO LOBATO D'AGOSTINI