Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLOGICO E TOXICOLOGICO DOS SUICIDIOS OCORRIDOS NA REGIAO CARBONIFERA DE SANTA CATARINA DE JANEIRO DE 2011 A DEZEMBRO DE 2017

Introdução

O suicídio atualmente representa umas das grandes causas de morte no mundo, sendo considerado um grande problema de saúde pública. Os números por esse tipo de óbito se enquadram na terceira maior causa de morte entre indivíduos de 15 a 44 anos. No Brasil, dos métodos utilizados para esse fim destacam-se o enforcamento como principal, seguido da morte por armas de fogo e intoxicação exógena.
Um dos grandes fatores de risco para o suicídio é o álcool, além de outras drogas como maconha, crack e cocaína, que podem afetar tanto o lado social com quebra de relações e violência quanto o lado individual, com perda de função cognitiva do indivíduo e sentimento de descrença e depreciação.

Objetivo

Levando em consideração que o suicídio representa uma crescente preocupação para a saúde da publica no tempo presente, este estudo objetivou demostrar o perfil epidemiológico desses casos em uma microrregião do sul catarinense durante o período de 2011 a 2017. Além do estudo populacional, foram incluídos dados de exames toxicológicos e alcoolemia objetivando-se realizar um levantamento mais fidedigno da população de maior risco e dos fatores associados a este tipo de autoagressão.

Método


Estudo observacional retrospectivo realizado no Instituto Médico Legal (IML) de Criciúma com dados obtidos através de questionários
padronizados para os óbitos classificados como suicídio entre 2011 e 2017. No total, foram incluídos 291 prontuários. Por meio de questionário padronizado, foram analisadas as variáveis: data, cidade, sexo, meio empregado, alcoolemia e exame toxicológico. Os dados foram analisados no software IBM SPSS versão 21.0. Foram aplicados os testes de Kolmogorov-Smifnov e Lavene para análise das variáveis.

Resultados

A taxa média de suicídios da região ficou em 10,08 óbitos a cada cem mil habitantes, sendo este tipo de morte mais prevalente entre os homens (69,4%). Dentre os métodos utilizados para tal fim, os mais prevalentes foram o enforcamento (75,6%) e intoxicação medicamentosa (6,5%), este último mais comum entre o gênero feminino. Foram positivos 28% dos exames de alcoolemia e 37% dos exames toxicológicos, apresentando os benzodiazepínicos como a droga mais encontrada.

Conclusão

Os índices de suicídios encontrados na AMREC se mantiveram altos nos anos estudados sendo superiores à média nacional e catarinense. Os resultados do estudo relatam uma maior propensão do gênero masculino em cometer uma autoagressão, além de uma alta associação entre exame toxicológico positivo e suicídio.

Palavras-chave

Suicídio, fatores de risco, epidemiologia.

Área

Outros Transtornos Psiquiátricos

Autores

NATÁLIA VEADRIGO BOSCHETTI , MARINA TONELLO , BRIDA NUNES , GUILHERME SORATTO, LUCAS DE BRIDA, GUSTAVO NATÁLIA FEIER