Dados do Trabalho
Título
SÍNDROME LÁTEX-PÓLEN-FRUTA EM CRIANÇA DE BAIXA IDADE: RELATO DE CASO
Resumo
INTRODUÇÃO: A síndrome látex-pólen-fruta é a definição para a alergia ao látex, ao pólen e às frutas em um mesmo indivíduo, provocada por um pan-alérgeno, geralmente uma profilina. Manifesta-se desde sintomas de rinoconjuntivite, urticária, até reações graves, como a anafilaxia. No Brasil é incomum. RELATO DO CASO: Menino, 4 anos, com diagnóstico de asma alérgica leve persistente, rinoconjuntivite alérgica moderada/grave persistente e dermatite atópica leve. Em acompanhamento desde os 7 meses de vida, após internação hospitalar por quadro de bronquiolite viral aguda. Aos 9 meses de vida, evoluiu com urticária e angioedema em face, além de dispneia após contato acidental com panqueca preparada com ovo. Foi realizado TCA positivo para o ovo 5x4mm. Com 1 ano e 1 mês, paciente evoluiu com urticária e angioedema em face, vômitos e diarreia imediatamente após a ingestão de banana. Foi realizado TCA com banana= 3x3mm. Com 1 ano e 9 meses evoluiu com urticária perioral após colocar uma bexiga de borracha na boca. A dosagem de IgE específica por ImmunoCAP para Hev b 8= 3,07 Ku/L (profilina do látex). Com 1 ano e 10 meses, a medida que vinha oferecendo as diferentes frutas ao paciente (manga, suco de morango, laranja, kiwi, maçã e melancia) ele apresentava urticária perioral e urticária após contato. Realizamos o TCA com as frutas semanalmente e todos os resultados foram positivos, caracterizando a síndrome látex-fruta. Aos 2 anos, realizamos o TCA para Lolium perene 4x4mm, e dosado IgE específica por ImmunoCAP para nPhl p4 (profilina do pólen) cujo resultado foi 0,9 kU/L . Com a hipótese diagnóstica da síndrome pólen-látex-fruta, solicitamos a dosagem de IgE específica por ImmunoCAP para Pru p 4 (profilina do pêssego) cujo resultado foi de 1,76 kU/L. DISCUSSÃO: Existem poucos relatos sobre a Síndrome Látex-Pólen-Fruta e seu tratamento no Brasil. Identificar estes pacientes é um desafio, especialmente em crianças, onde a sensibilização aos pólens é infrequente.
Área
Anafilaxia, Alergia a himenópteros e Alergia ao látex
Autores
Juliana Gonçalves Primon, Giliana Soirele Peruchi, Gabriela Cristina Ferreira Borges, Aline Didoni Fajardo, Bruno Hernandes David Joao, Thalita Gonçalves Picciani, Guilherme da Silva Martins, Débora Carla Chong Silva, Herberto José Chong Neto, Nelson Augusto Rosário Filho