L Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia 2023

Dados do Trabalho


Título

DESSENSIBILIZAÇÃO AO TOCILIZUMABE EM PACIENTE COM LINFOHISTIOCITOSE HEMOFAGOCÍTICA SECUNDÁRIA A INFECÇÃO POR CITOMEGALOVÍRUS.

Resumo

LINFOHISTIOCITOSE HEMOFAGOCÍTICA (HLH) É CARACTERIZADA PELA DESREGULAÇÃO DO SISTEMA IMUNOLÓGICO COM PRODUÇÃO AUMENTADA DE CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS. PODE SER PRIMÁRIA (GENÉTICA) OU SECUNDÁRIA (ADQUIRIDA). A INTRODUÇÃO DOS ANTICORPOS MONOCLONAIS, ANTI IL-1 E ANTI-IL6 (TOCILIZUMABE) DEMONSTROU EFICÁCIA NO CONTROLE DA HLH SECUNDÁRIA A INFECÇÕES POR VÍRUS. RELATAMOS O CASO DE UMA PACIENTE QUE APRESENTOU ANAFILAXIA AO TOCILIZUMABE, SUBMETIDA A DESSENSIBILIZAÇÃO COM PROTOCOLO EM 8 ETAPAS.
FEMININO, 1 ANO E 10 MESES, INTERNADA AOS 10 MESES COM QUADRO DE FEBRE PERSISTENTE, PANCITOPENIA, HEPATOESPLENOMEGALIA, E EXAMES LABORATORIAS COMPATIVEIS COM HLH SECUNDÁRIA AO CITOMEGALOVIRUS (CMV). INICIOU TRATAMENTO COM TOCILIZUMABE A CADA 15 DIAS. NAS PRIMEIRAS INFUSÕES APRESENTOU SINTOMAS COMO TAQUICARDIA E VÔMITOS, RELACIONADOS À INFECÇÃO VIGENTE. NA SEXTA INFUSÃO APRESENTOU ANAFILAXIA, TRATADA COM SUCESSO. A RESPOSTA INICIAL AO TOCILIZUMABE FOI SATISFATÓRIA E POR TER UTILIZADOS OUTROS FÁRMACOS SEM RESPOSTA CLINICA, FOI INDICADO A DESSENSIBILIZAÇÃO. REALIZADO PRICK-TEST COM TOCILIZUMABE NA CONCENTRAÇÃO 20MG/ML E INTRADÉRMICO NAS DILUIÇÕES 1:1.000; 1:100; 1:10, NEGATIVOS. A DOSE UTILIZADA NA DESSENSIBILIZAÇÃO FOI 12MG/KG EM UMA UNICA BOLSA DE SF 0,9% COM VOLUME TOTAL DE 250ML, SEGUINDO PROTOCOLO DE 8 ETAPAS COM PROGRESSÃO DA DOSE A CADA 15 MINUTOS E VELOCIDADE MÁXIMA DE 100 ML/H. REALIZADO PRÉ MEDICAÇÃO COM DIFENIDRAMINA E METILPREDNISOLONA 1 HORA ANTES DO PROCEDIMENTO. A PACIENTE APRESENTOU URTICÁRIA NA ÚLTIMA ETAPA, TRATADA COM ANTI-HISTAMÍNICO E FINALIZOU A DESSENSIBILIZAÇÃO COM SUCESSO.
CASOS DE ANAFILAXIA SECUNDÁRIA A INFUSÃO DE ANTICORPOS MONOCLONAIS TEM SIDO RELATADOS NOS ÚLTIMOS ANOS. RESSALTAMOS A IMPORTÂNCIA DA DESSENSIBILIZAÇÃO COMO FERRAMENTA EFICAZ EM VIABILIZAR O TRATAMENTO DE DOENÇAS COMPLEXAS COMO A HLH SECUNDÁRIA A INFECÇÃO, POREM DEVE SER REALIZADA POR EQUIPE ESPECIALIZADA EM AMBIENTE HOSPITALAR ADEQUADO AO ATENDIMENTO DE REAÇÕES GRAVES.

Área

Outros

Autores

Ana Cláudia Rossini Clementino, Maria Eduarda Trocoli Zanetti, Stephanie Zago Geraldino, José Eduardo Seneda Lemos, Laura Cardoso Brentini, Nathalia Ventura Stefli, Renata Gomes De Oliveira , Lais Fukuda Coughi, Natalia Maronese, Ullissis De Padua Menezes