Dados do Trabalho

Título

Os efeitos das mudanças climáticas e agentes poluentes na polinose: revisão bibliográfica.

Resumo

INTRODUÇÃO: O pólen é um transportador de alérgenos e libera mediadores altamente ativos, que têm efeitos pró-inflamatórios e imunomoduladores em doenças alérgicas. Além disso, interage com mudanças climáticas e poluentes atmosféricos. Este estudo visa entender a influência das mudanças climáticas e agentes poluentes no curso da polinose.
MÉTODOS: Foi utilizado o banco de dados MEDLINE/PubMed, com a estratégia de busca: “Pollen allergy” AND “Climate change”. Foram incluídas revisões integrativas e sistemáticas, publicados nos últimos dez anos, condizentes com o tema e objetivo do trabalho. Após a aplicação desses critérios foram selecionados 12 artigos.
RESULTADOS: A polinose engloba respostas alérgicas, como rinite e asma, e até doenças respiratórias não-alérgicas como a doença pulmonar obstrutiva crônica, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e até suicídio. As concentrações de pólen ou esporos transportados pelo ar e a duração da exposição a esses alérgenos influenciam a exacerbação dos sintomas alérgicos. As mudanças climáticas, propiciam um aumento da concentração de CO2 na atmosfera, acelerando o crescimento das plantas e potência alergênica do pólen. Demonstrou-se que essas partículas interagem com os poluentes atmosféricos, alterando a sua morfologia e potencial alergênico. Além disso, produzem inflamação das vias aéreas, ativando a hipersensibilidade do tipo 1 e os poluentes ultrapassam a barreira mucosa, deixando-a suscetível a infecções virais, incluindo SARS-CoV-2, além de poder potencializar as respostas da polinose em pacientes atópicos.
CONCLUSÃO: Portanto, cabe afirmar que tanto as mudanças climáticas quanto os poluentes atmosféricos são capazes de potencializar os efeitos alergênicos dos grãos de pólen. Compreender essas relações é crucial para prevenção e manejo adequado da polinose e outras doenças respiratórias alérgicas.