Dados do Trabalho
Título
Reações de hipersensibilidades aos anestésicos locais (AL): experiência de um ambulatório especializado
Resumo
Objetivo: Descrever o perfil clinico dos pacientes com história de reações adversas aos AL e avaliar as reações de hipersensibilidade através dos testes de provocação. Método: Estudo retrospectivo pela análise de prontuários de 65 pacientes atendidos no período de março de 2011 a dezembro de 2022. Todos pacientes assinaram termo de consentimento e foram avaliados de acordo com o protocolo do ENDA (European Network for Drug Allergy). Resultados: 65 pacientes foram submetidos a testes cutâneos ou de provocação. 85% dos pacientes foram do sexo feminino, 45% com antecedentes pessoais de atopia , a faixa etária variou de 8 a 76 anos com predomínio em adultos acima de 18 anos. As reações mais frequentemente relatadas foram as imediatas em 88% dos casos, sendo as cutâneas (60%), anafilaxia (34%), respiratória (5%) e neurológico (1%). Os anestésicos mais implicados nas reações foram: lidocaína 19 casos, mepivacaina 11 casos, prilocaina 10 casos, articaina 3 casos, bupivacaina 2 casos e ropivacaina 2 casos. 19 pacientes não souberam quais anestésicos foram utilizados durante as reações. Apenas 3 pacientes (4,6%) confirmaram reações de hipersensibilidade através dos testes (2 intradérmicos e 1 pelo teste de provocação apresentando urticaria).Conclusão: Apesar das reações de hipersensibilidade aos AL serem raras, a investigação sistematizada através de testes cutâneos ou de provocação são de fundamental importância para desrotular os pacientes e permitir a realização de procedimentos cirúrgicos e de analgesias com fármacos alternativos seguros.
Área
Hipersensibilidade a medicamentos
Autores
Déborah Batista de Sant'Anna, Ullissis Pádua de Menezes, Maria Eduarda Trocoli Zanetti, Orlando Trevisan neto, Mariana Paes Leme Ferriani, Persio Roxo junior, LUISA KARLA de Paula Arruda, Gabriela Chiquete, Gabriella Lopes Rezende , JOSÉ EDUARDO Seneda Lemos