Dados do Trabalho
Título
A detecção de S.aureus e a resistência a drogas antiestafilococicas em pacientes internados por Dermatite Atópica infectada modifica o perfil da internação?
Resumo
Introdução: A infeção por S aureus é uma complicação constante em pacientes com DA e leva a internações e uso de antibiótico (ATB) de amplo espectro. O objetivo do estudo é analisar se a detecção de S.aureus e padrão de resistência nos pacientes internados, impacta em seus parâmetros clínicos e laboratoriais.Métodos:Incluídos 40 pacientes (23M) com internação(ôes) por DA infectada (SCORAD > 50) entre 2018-23 num hospital pediátrico. Definimos como Grupo 1 (G1) as internações com HMC inicial para S.aureus positiva e Grupo 2 (G2), com HMC negativa. Comparamos os seguintes dados: antibiograma, ATB utilizado e necessidade de troca ao longo do tratamento, nível de PCR (< 10, 10 a 40 e >40), presença de febre e tempo de internação (> 5 dias). Entre os com HMC positiva definimos um grupo cujo S aureus é resistente (R) e outro multisensível (S) a drogas antiestafilocócicas e comparamos os mesmos parâmetros.Resultados:Das 70 internações , 35 compuseram o G1 e 35 o G2. Febre foi mais frequente no G1 (p=0,03), assim como tempo de internação >5 dias (p=0,04) e necessidade de troca de ATB (p<0,01). A oxacilina foi a primeira opção de tratamento em 51% G1 e 71% G2, vancomicina em 7 G1 e teicoplanina em 3 G1. A média do PCR no G1 foi 44mg/dl e de 7,5mg/dl no G2(p <0,01) sendo nível > 40 maior em G1( p< 0,01). Na análise de resistência, observamos 25 pacientes em R e 10 em S. No grupo R houve febre com maior frequência , maior tempo de internação , uso incial de vancomicina ou teicoplanina e necessidade de troca de ATBs, todos de maneira significante (p ≤0,03). A média do PCR no R foi de 65mg/dl e de 22mg/dl no S(p <0,04). Desses, tivemos: PCR<10 (2R e 4S), PCR 10-40 (4R e 5S) e PCR >40 (19R e 1S). Conclusão:A presença de S.aureus e a resistência a drogas antiestafilocócicas nas HMC de paciente internados por DA infectada é uma realidade em pacientes com DA grave e motivo de preocupação. Estratégias para minimizar a gravidade da doença podem diminuir esta complicação e melhorar o desfecho da doença.
Área
Dermatite atópica e de contato
Autores
RICARDO CESAR VIEIRA MADEIRO FILHO, MAYRA DE BARROS DORNA, BENI MORGENSTERN, ANTONIO CARLOS PASTORINO, THAIS COSTA LIMA MOURA, DAVID PESSOA PACHECO LOBO, ANA PAULA BELTRAN MOSQUIONE CASTRO