Dados do Trabalho

Título

Frequência de fatores de risco para alergia ao látex entre profissionais de centro cirúrgico de um hospital escola

Resumo

A alergia ao látex apresenta baixa prevalência na população geral e alta entre os profissionais de saúde. Esses, por sua vez, sofrem com sintomas alérgicos e perda de produtividade, arriscando a própria saúde e a do paciente. Nesse sentido, o presente estudo buscou avaliar os fatores de risco para alergia ao látex e o impacto nos profissionais de saúde do centro cirúrgico de um hospital escola. Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, no qual a variável primária é alergia ao látex e as variáveis secundárias são: tempo e frequência de exposição ao látex e sintomas apresentados. Os dados foram coletados através de um questionário previamente estruturado, aplicado no centro cirúrgico de hospital escola, e eles foram analisados relacionando fatores de risco, sintomas e impacto no trabalho. Participaram do estudo 25 profissionais. Destes, 96% relataram ter contato diário com látex no centro cirúrgico. Do total, apenas 2 relataram diagnóstico de alergia ao látex, com 1 caso de histórico familiar. Em relação a procedimentos, 60% dos profissionais já passaram por ao menos 1 tipo de cirurgia, enquanto 24% deles já usaram sonda vesical de borracha. Os sintomas relatados após contato com látex foram: ressecamento das mãos (56%); prurido e dermatites (16%); espirros, congestão nasal e desconforto (12%); perda de sensibilidade nas mãos (8%); e eritema, edema, urticária e sintomas pulmonares (4%). A necessidade de intervenção cirúrgica e o uso de sonda vesical de borracha possuem maior relação com os sintomas de alergia ao látex, como ressecamento das mãos, prurido e dermatites. Assim, infere-se que uma maior exposição a fatores de risco pode precipitar sintomas de alergia ao látex.