Dados do Trabalho
Título
ESTUDO COMPARATIVO ACERCA DOS PRINCIPAIS IMPACTOS DO TRATAMENTO DA EXACERBAÇÃO DA ASMA SOBRE OS HOSPITAIS BRASILEIROS NA ÚLTIMA DÉCADA ENTRE SUAS 5 REGIÕES
Resumo
INTRODUÇÃO: a crise asmática representa um importante desafio à medicina contemporânea, uma vez que se trata de uma condição que pode levar a frequentes internações e adversidades ao paciente e ao sistema de saúde, apesar de ser relativamente prevenível. Diante disso, o presente estudo objetiva comparar os principais impactos do manejo da Crise de Asma sobre os hospitais brasileiros nos últimos 10 anos entre suas 5 regiões. METODOLOGIA: estudo epidemiológico descritivo do tipo transversal acerca da Exacerbação Asmática (EA) entre os anos 2013-2022, a partir dos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/DATASUS) e das variáveis Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas, regime de atendimento, valor total de gastos (VTG), média de permanência hospitalar (MPH), óbitos e letalidade. RESULTADOS: houve uma prevalência de 906.087 AIHs aprovadas por EA, sendo 53,11% (n=186.017), das notificadas, em regime privado, enquanto 46,89% (n=164.248) em regime público. Quanto ao perfil sociodemográfico, a região Nordeste foi responsável por 40,14% (n=363.681) dos casos, seguida do Sudeste, com 26,92% (n=243.901), Sul, com 15,46% (n=140.057), Norte, com 10,55%(n=95.607) e Centro-Oeste, com 6,93%(n=62.841). No tocante ao VTG, os hospitais brasileiros desembolsaram R$521.328.822,15, com destaque para o Nordeste, com 36,67%(n=R$191.703.140,55), e o Centro-Oeste, com apenas 6,66%(n=R$ 34.722.634,49), maior e menor, respectivamente. A MPH foi de 3,1 dias, atingindo 3,5 no Sudeste. Por fim, 4928 pacientes foram a óbito (letalidade=0,54%), sendo 1836 no Sudeste, e 366 no Centro-Oeste. CONCLUSÃO: diante dessa expressiva prevalência de casos, danos materiais, financeiros e, sobretudo, à vida, torna-se notória a importância do maior domínio público acerca dos desencadeantes e da prevenção da doença (a partir da melhor orientação médica) e do seu manejo otimizado, diante da identificação adequada dos steps em que os pacientes se encontram e da aplicação da terapêutica ideal.
Área
Asma e lactente sibilante
Autores
Luís Antonio Xavier Batista