Dados do Trabalho

Título

Análise do impacto do primeiro ano da pandemia de COVID-19 na queda das coberturas vacinais em crianças no estado de Sergipe.

Resumo

INTRODUÇÃO: Por muitos anos no Brasil, um grande número de mortes em neonatos foi notificado, isso deveu-se, principalmente, à ausência de imunizações. Com o surgimento das vacinas e campanhas governamentais para aumento da cobertura vacinal (CV) esse número reduziu e criou mais qualidade de vida para as novas gerações. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar o impacto do primeiro ano da pandemia de COVID-19 nas CV dos menores de 12 meses de vida no estado de Sergipe.

MÉTODOS: Estudo ecológico, descritivo e retrospectivo sobre a CV das vacinas indicadas para crianças de até 12 meses de idade entre os anos de 2019 (pré-pandemia) e 2020 (durante a pandemia). As dez vacinas do calendário de vacinação do Ministério da Saúde foram escolhidas: BCG, hepatite B em crianças até 30 dias, hepatite A, rotavírus humano, meningococo C, penta, pneumocócica, poliomielite, febre amarela e tríplice viral. Os dados foram levantados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/MS).

RESULTADOS: A média de CV de vacinas até os 12 meses foi de 84,36% e 71,87%, para os anos de 2019 e 2020, respectivamente. A queda da CV, entre esses dois anos, foi de 14,81%. Em ordem decrescente, a redução da CV foi de 21,79% para a pneumocócica (1º reforço), 20,74% para a meningococo C (1º ref.), 17,59% para o meningococo C (D2 – dose 2) e tríplice viral (D1), 13,66% para o rotavírus humano (D2), 13,24% para a pneumocócica (D2), 12,61% para a poliomielite (D3), 12,33% para a BCG, e 12,08% para a hepatite B em crianças até 30 dias e 5,01% para a pentavalente (D3). Nenhuma vacina analisada atingiu a meta no período pré-pandêmico e durante a pandemia.

CONCLUSÃO: O estudo revelou uma queda significativa na cobertura vacinal de crianças de até 12 meses em Sergipe durante o primeiro ano da pandemia de COVID-19. Essa diminuição representa uma preocupação, pois a imunização infantil é vital para prevenir doenças graves e óbitos. Assim, políticas públicas que garantam a CV são necessárias.